Menino, que sofre com doença rara, espera por medicamento que custa mais de R$5 mil da Secretaria de Saúde do Estado e do Município de Paty do Alferes

14/10/2022 15:40
Por Helen Salgado

O pequeno Dheivid Santos sofre com uma doença rara, autoinflamatória e autoimune, chamada Candle. Para o tratamento, ele precisa de um medicamento que custa mais de R$ 5 mil. A mãe, Amanda de Souza, diz que a família tem medo do remédio acabar e a doença voltar a se manifestar. Na tentativa de conseguir o medicamento gratuitamente, a família procurou a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro que abriu processo para conseguir o fornecimento do remédio pela Secretaria de Saúde do Estado e do Município de Paty do Alferes – cidade em que a família reside.

Saiba mais: Família faz vaquinha para pagar o tratamento de menino com doença rara

O remédio que Dheivid precisa tomar é o Baricitinibe, que complementa o tratamento feito com o remédio injetável MTX, tomado uma vez por semana no Hospital do Fundão, no Rio de Janeiro. Caso o tratamento seja interrompido, começam a surgir diversas marcas pelo corpo de Dheivid, além de dores e febre.

Para tentar arcar com os custos do tratamento, um primo de Dheivid criou uma vaquinha online, mas foi arrecado pouco mais de R$ 3.300. O objetivo era conseguir R$ 10 mil para custear ao menos dois vidros do remédio, com 30 comprimidos. Para conhecer mais sobre o Dheivid, basta acessar o Instagram @todospelodavid.  

Questionada sobre a situação, a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro informou que o juiz concedeu a liminar e determinou que os réus (Estado do Rio de Janeiro e Município de Paty do Alferes) forneçam o medicamento em 48 horas. A ação foi ajuizada no dia 21 de setembro. No entanto, os réus não forneceram o medicamento no prazo estipulado pela liminar.

A Defensoria Pública do Rio informou que o Município de Paty do Alferes manifestou que precisa de 15 dias para aquisição do medicamento. Além disso, a DPRJ está viabilizando três orçamentos do medicamento para requerer o sequestro da verba pública. A assessoria de comunicação da Instituição também está acompanhando o caso e, em breve, divulgará mais informações a respeito do caso.

A Secretaria de Saúde do Estado também foi questionada, mas não nos deu retorno até o fechamento desta matéria.

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