Meus agradecimentos

22/12/2018 12:00

Dia deste, ao descer do ônibus na Montecaseros, fui surpreendido com a observação de um senhor sentado junto à porta de saída que me cumprimentou com a observação de que não deixava de ler minhas crônicas. Foi um hiato de momento, totalmente inesperado, o que me impediu de agradecer como o fato requer e determina – portanto, que ele me releve. Que da próxima vez sejamos mais oportunos para apresentar pessoalmente meus agradecimentos.

Como sempre digo, tais comentários, sejam de leitores amigos ou de amigos leitores, trazem uma satisfação interior muito grande – a de corresponder finalidade a que me proponho ao ocupar um espaço neste jornal – alcançar e agradar ao leitor – muito diferente de quem se envaidece ou se orgulha pelo fato. A humildade e simplicidade é a eterna satisfação interior e nada mais. É passar para o papel nossos momentos de satisfação e alegria ou, até, de revolta e insatisfação – como já teve um leitor que me escreveu ressaltando  (ele observou) que eu abordava de maneira simples aquilo que muitos gostariam de dizer sem saber como se expressar. Muito obrigado, meus leitores e amigos – tais observações só me incentivam a escrever mais, da minha maneira, abordando os temas mais variados, mas que me vêm à mente, de acordo com as circunstâncias do momento – a espontaneidade de quem é franco, de quem critica e elogia com embasamento.

E como sempre, me apoio na sabedoria dos poetas, que sabem se expressar com enlevo e delicadeza, em poucas palavras, espremidas num curto verso como fez o poeta (Carlos Henrique) Rocha Lima (1915-1991)  – “INGENUIDADE”: 

“Inda construo mundos sobre a areia, / pirâmides de pó, castelos brancos, /numa credulidade ingênua, cheia / de inocência, de fé, e sonhos francos. 

Inda acredito em negros saltimbancos / que, mascarados pela noite feia / assassinam nas trevas dos barrancos / e lutam com o saci, que os não receia. 

Inda creio nas lendas encantadas, / nas histórias de príncipes e fadas, / que a gente simples conta com emoção. 

Inda creio no amor e na amizade, / inda guardo uns resquícios de bondade,/ inda tenho no peito um coração“.

E como tirei um peso de cima que era para quarenta carregarem e só dois o carregaram sozinhos – com o apoio de meus leitores, “sacudi a poeira, dei a volta por cima”, e volto a fazer aquilo que gosto – escrever crônicas. Obrigado meus leitores amigos! 

jrobertogullino@gmail.com

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