Milei diz que nova fase deve começar na Argentina e que desvalorização do peso seria disparate

28/jun 17:10
Por Gabriel Bueno da Costa / Estadão

O presidente da Argentina, Javier Milei, celebrou nesta sexta-feira, 28, durante entrevista ao La Nación, a aprovação no Congresso da Lei de Bases, pacote de medidas almejado por seu governo. Segundo ele, “definitivamente começamos um novo país”, com a aprovação “da maior reforma estrutural da história argentina”. Milei disse que, com as reformas estruturais, a Argentina deve subir 90 postos em termos de liberdade econômica entre os países. “Isso nos coloca em um caminho de crescimento que pode quadruplicar o PIB per capita”, assegurou.

Milei disse que uma nova fase de seu governo começa agora, com melhora no resultado fiscal que permitirá baixar impostos. Isso seria seguido pela “etapa três” de sua administração, “que é diretamente começar a crescer com força”.

O presidente argentino afirmou que também continua a atuar para permitir acabar com os controles cambiais, sem citar datas específicas no caso. Milei disse que não se preocupa com o valor do dólar no país neste momento, e qualificou uma desvalorização cambial como “um disparate”, negando que pretenda fazer isso, mas renovando a promessa futura de que a dolarização ocorrerá na economia “naturalmente”.

Segundo ele, o país está “folgado em matéria de reservas”, e agora almeja mais reformas estruturais. Ele comentou que, como o Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) também está vigente, com a Lei de Bases estão em andamento 800 reformas liberalizantes. Milei afirmou que pretende lançar em breve o que qualificou como “lei de hojarascas”, com uma série de dispositivos para eliminar regulações. E anunciou que Federico Sturzenegger, ex-presidente do Banco Central da República Argentina (BCRA), entrará no governo na próxima semana com um posto de ministro para “levar adiante as reformas”.

Milei comentou que sua intenção é reduzir também o número de impostos, nesse contexto de reformas. Segundo ele, é possível passar de 170 impostos a apenas dez no país.

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