Missão Petrópolis: Artistas remontam expedição da época do Império em meio à natureza

16/10/2020 10:55

O Projeto Missão Petrópolis utiliza a arte como um meio de incentivar a saúde e o bem estar. As  paisagens da região Serrana do Rio estão sendo eternizados pelas mãos do gravurista e tatuador Pedro Neves e da fotografia experimental de João Saidler.  Como parte do projeto e do processo criativo, os artistas querem ainda descobrir histórias, curiosidades e lendas desses caminhos abertos em meio à natureza, contadas pelos petropolitanos que as exploram há bastante tempo. Um resgate da história da  cidade.

Pintura feita na trilha do Castelinho, Morin

O projeto teve como inspiração um movimento revolucionário para as artes no Brasil: A Missão Artística Francesa de 1808, nos tempos do Império, que reuniu pintores, gravuristas e arquitetos franceses que, junto com a família Real Portuguesa, vieram para o Brasil retratar o Rio de Janeiro quase intocado pela urbanização, o tráfico negreiro no centro da então capital do país, além dos tipos de indígenas e de escravos. 

Durante a Missão Petrópolis serão produzidas pinturas e gravuras como as da época, sem maquiar a realidade, além de fotografias analógicas experimentais, feitas com uma câmera construída com materiais reciclados, pelo próprio fotógrafo João Saidler. “Tanto a câmera quanto o processo de revelação são artesanais e remontam ao mesmo modo utilizado por Dom Pedro II, um grande incentivador dessa arte no Brasil. Um dos pilares mais interessantes do projeto é poder colocá-lo em prática em Petrópolis, cidade que o Imperador tanto amava”, ressalta João.

Levar toda essa informação aos petropolitanos e aos demais amantes da natureza também é um dos objetivos do projeto. A ideia é criar vídeos explicativos de como chegar são e salvo em cada uma das trilhas e ao final da expedição formatar um livro com curiosidades, lendas, mitos, dicas sobre as trilhas, saúde e bem-estar, ilustrado, claro, com muita, muita arte!! “Para isso estamos a procura de apoiadores. Apenas dessa forma vamos conseguir concretizar esse sonho que é nosso, mas sobretudo é um patrimônio para a cidade e todo o país”, ressalta Pedro.

Pintura feita na trilha da Pedra do Quitandinha

Ajuda financeira

As principais demandas do projeto são para pagar gasolina, alimentação, material artístico, além do maior dos gastos que seria alguém pra filmar e editar todo material. “Nós escrevemos um projeto com tudo organizado, colocamos os custos no mais baixo que pudemos e agora precisamos encontrar pessoas que acreditem na importante do projeto tanto quanto nós”, ressalta Pedro.

Pensando em qual seria a melhor forma de arrecadar recursos, veio a ideia de uma vaquinha coletiva on-line. Assim, todos podem participar, doando valores que vão de R$20 a R$200. Como recompensa, os apoiadores vão receber cartões postais que reproduzem as obras produzidas nas trilhas, além de workshops de fotografia e de aquarela. A vaquinha foi aberta no site Abacashi, com o título Missão Petrópolis. Pra doar, é só clicar no link: https://abacashi.com/p/tatui-missao-petropolis

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