Moedas Globais: dólar continua rali e DXI toca maior nível em um ano com Trump e falas do Fed

13/nov 18:29
Por Thais Porsch / Estadão

O dólar continua a avançar ante as principais moedas, ampliando ganhos que acumula desde a vitória do republicano Donald Trump na eleição presidencial dos EUA. A moeda ganhou ainda ímpeto com comentários cautelosos por parte de dirigentes do Federal Reserve (Fed) de hoje.

O índice DXY, que mede a variação do dólar contra seis pares fortes, chegou ao maior nível em um ano, a 106,537. No fim da tarde, o índice desacelerava alta a 0,43% aos 106,481 pontos. Perto do fechamento de Nova York, o dólar se valorizava a 155,56 ienes; a libra caía a US$ 1,2704, o euro recuava a US$ 1,0563. Mas o dólar caaiu a 20,5295 pesos mexicanos.

Hoje, dirigentes do Fed realizaram comentários cautelosos sobre possíveis cortes de juros pelo BC americano. O presidente da distrital de St. Louis, Alberto Musalem, chamou atenção para o avanço dos riscos ascendentes à inflação,. Já Jeffrey Schmid, de Kansas City, reforçou a incerteza sobre o ritmo de cortes.

O iene caía ao menor nível em quatro meses ante o dólar nesta tarde. Além das incertezas em território americano, o ritmo lento de aperto monetário do Banco do Japão (BoJ) também amplifica a pressão sobre a moeda local.

É provável que a libra mantenha sua tendência de baixa em relação ao dólar, disse Quek Ser Leang, da UOB Global Economics & Markets Research, em um relatório de pesquisa. Em um movimento repentino e decisivo ontem, o par de moedas quebrou abaixo do suporte principal na média móvel exponencial de 55 semanas de US$ 1,2800, o que fez a moeda despencar, observa o estrategista de mercados.

Espera-se que o dólar tenha um desempenho superior em 2025, de acordo com a pesquisa de novembro feita pelo Bank of America com gestores de fundos globais. A pesquisa diz que 45% dos entrevistados pós-eleição esperam que o dólar tenha um desempenho superior com Trump. Enquanto isso, 51% dos administradores de fundos consideram que o dólar está supervalorizado, cinco pontos porcentuais a mais do que há um mês.

Contato: thais.porsch@estadao.com

*Com informações da Dow Jones Newswire

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