Moradores da Estrada do Ribeirão esperam obras de recuperação da via há dois anos

Há dois anos, os moradores da Estrada do Ribeirão, no Castelo São Manoel, em Corrêas, aguardam que a Prefeitura inicie as obras de recuperação da via. Em janeiro de 2017, parte da rua cedeu depois de um temporal, impedindo o acesso de veículo. Em março, após outra chuva, mais uma parte da estrada cedeu.

“Assim que caiu, procurei a Prefeitura e não me deram nenhum prazo para recuperar a rua. Na época falaram de falta de recursos. O tempo passou, as chuvas continuaram e a cada dia uma parte da rua está cedendo mais. Por aqui não dá para passar”, lamentou Paulo Sérgio dos Santos Quintella, morador há 17 anos da Estrada do Ribeirão.

Na ocasião, a Prefeitura emitiu uma nota que informava que um projeto estava sendo formatado pela Secretaria de Obras para ser enviado ao Ministério das Cidades, com objetivo de levantar recursos para realizar a obra de grande porte na Estrada do Ribeirão, em Corrêas. A nota dizia: “Todas as providências foram tomadas para que não haja nenhum incidente envolvendo os moradores. Vale ressaltar que os problemas na localidade perduram há mais de quatro anos e nenhuma providência foi tomada pelo governo passado”. 

Cansados de esperar por uma solução da Prefeitura, os moradores chegaram a colocar um sofá na rua para aguardar a equipe da Secretaria de Obras, o que não aconteceu. “Não aguentamos mais tanto descaso. Os carros da concessionária de energia não passam, ambulâncias também não conseguem acesso. Nossas entregas ficam comprometidas. E cada vez que o tempo passa, a situação piora ainda mais por conta das chuvas”, disse outro morador Geovani Rodrigues, que reside na estrada há 48 anos. “O sofá não está mais aqui. Alguém colocou fogo no entulho e ele acabou sendo destruído”, contou.

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Depois das chuvas de março, os proprietários de uma granja localizada no terreno abaixo da encosta instalou lonas e vigas de madeira para impedir que o resto da rua caia. Também refizeram parte do muro que cedeu em 2017 e colocaram telas para cercar o terreno. “Se eles não tivessem feito isso, temos certeza que não haveria mais rua e tudo teria caído”, comentou Paulo Sérgio. Os moradores também dizem que o serviço de capina não é mais realizado e que outros trechos da via já apresentam rachaduras.

A Estrada do Ribeirão tem cerca de um quilômetro e conta com aproximadamente 100 residências. Além dos transtornos com a falta de serviços e sem o acesso às residências, os moradores também denunciam que o trajeto alternativo para sair e chegar em casa leva cerca de 20 minutos a mais. “A nossa rua é uma via importante. Agora temos que passar pela rua principal do Castelo São Manoel perdendo ainda mais tempo no trânsito. Só queremos que a Prefeitura faça sua parte e recupere a estrada”, pediu Geovani.

Dois anos depois, a Prefeitura. que antes afirmou que estava buscando recursos com o Governo Federal para executar a obra alega que “a Secretaria de Obras vistoriou o local em conjunto com o proprietário do terreno que sofreu uma erosão. O proprietário do terreno chegou a fazer uma obra provisória no local e, agora, fará uma obra de contenção. Em seguida, a Secretaria de Obras fará o aterro e a recomposição da rua, além de melhorias do sistema de drenagem”.