Moradores do Alto Alcobacinha cobram ação da prefeitura para ampliar itinerário de ônibus

Moradores do Alto Alcobacinha estão pleiteando uma extensão da linha do ônibus que atende a comunidade. Eles pedem que a linha 321-Alto Alcobacinha realize seu ponto final na rua Edson Carlos de Souza, logo depois do atual. Segundo a Associação de Moradores, há diversos idosos e pessoas com dificuldade de locomoção na localidade. A extensão da linha beneficiará mais de 50 famílias. Os moradores anunciaram uma manifestação pacífica ao final da Bauernfest para solicitar a alteração.

Morador do bairro, o serralheiro Júlio Magalhães, de 56 anos, afirmou que a medida já vinha sendo estudada pelos moradores há algum tempo, mas que agora ganhou força e apoio dos próprios vizinhos. “Antes tinha muita gente que era contra essa extensão, sabe? Não sei por conta do barulho, ou por já estarem acostumados, ou qualquer outra coisa. Mas fato é que, quem mora aqui pra cima e não tem carro, precisa muitas vezes subir com muito peso, o que não é nada fácil. Agora a rua está quase toda calçada, e por isso essa mudança pode finalmente acontecer. Se esse ônibus subir essa ladeira, muita gente vai ser beneficiada”, afirmou.

Leia também: Ponte precária gera risco para moradores do Alcobacinha

Todavia, o local que seria utilizado para a manobra do ônibus ainda não existe, apesar de toda a rua já estar acessível para a passagem do coletivo. Os moradores reservaram parte de um terreno para que uma obra seja realizada, mas, segundo eles, a prefeitura ainda não se manifestou sobre o assunto. “Espaço pra construir um 'viradouro' aqui até tem, mas tem que tirar uma parte do mato e das árvores, e aí já não depende de nós. Já solicitamos um ofício para a Secretaria de Obras, mas até agora nada. É justamente por isso que a associação está organizando o protesto pacífico para o fim do mês”, conta a aposentada Teresa Vargas, de 63 anos.

Segundo a prefeitura, a alteração do itinerário das linhas de ônibus é feita pela CPTrans após análise técnica e aprovação, bem como adequações na área solicitada para a extensão. A análise leva em consideração a demanda da linha e a segurança para atendimento da área, tanto para motoristas quanto para passageiros e pedestres. O órgão informou que os moradores devem apresentar uma demanda à CPTrans, mas que para que o atendimento seja efetivado, as obras estruturais necessárias devem ser feitas, o que requer outra solicitação junto à Secretaria de Obras. Entretanto, a prefeitura não informou a previsão de início das obras referentes a esta solicitação.

“Quem conhece sabe que é uma subida forte. Em dias de chuva é complicado, porque a água da chuva não passa pelos canteiros, e aí a rampa vira quase uma cachoeira para quem sobe a pé, ainda mais para quem é idoso, ou sobe com crianças no colo, ou até com bolsas pesadas. Lugar pra manobrar tem, só falta a obra”, afirmou a moradora Alcione Pereira Teixeira, de 44 anos.

O Setranspetro informou que, caso a CPTrans aceite a demanda e a Secretaria de Obras realize as intervenções mencionadas, a liberação da pista para a passagem será concedida.