Moradores do Bela Vista temem ficar isolados em caso de novas chuvas fortes
Moradores do Bela Vista correm o risco de ficar ilhados por conta do péssimo estado da Rua Gregório Cruzick, principal acesso ao bairro. Além dos inúmeros buracos, dois trechos da via apresentam graves problemas como deslizamentos e escorregamento de lama. Quando chove, é difícil sair de casa.
Logo no início da rua os moradores já têm o primeiro obstáculo: a lama e as pedras impedem a passagem de veículos ou até mesmo de pedestres toda vez que chove. O problema foi provocado pelo rolamento de pedras que destruiu um muro e quebrou parte do pavimento da via, na chuva do início do mês. “Moro aqui há mais de 30 anos e nossa rua é sempre assim. Se chover muito no Caxambu a gente fica ilhado, porque a água que desce de lá faz o maior estrago. É muito difícil ficar nessa situação. Eu tive que ficar dias em casa porque não dava para passar nema pé”, contou a aposentada Sandra Maria.
Mas a consequência da última chuva não está só no início da rua. Na parte de cima, próximo ao número 800, a via está parcialmente interditada por conta de um deslizamento de terra, que deixa a superfície oca e correndo o risco de cair. Com isso, o trânsito está impedido. Só passam motos e veículos pequenos, e mesmo assim o risco é grande. “A gente passa com medo. Quem garante que o carro não vai cair lá embaixo? É um risco que se corre, mas eu creio que se tivesse tanto perigo assim a Defesa Civil não ia deixar passar ninguém”, contou Gustavo Loureiro, taxista.
Por conta da interdição, os ônibus da linha 317 – Gregório Cruzick não está atendendo à via principal. O coletivo passa pela Rua José Timóteo Caldara, onde os passageiros têm que descer para percorrer o caminho a pé até em casa. A Tribuna consultou a Prefeitura sobre a liberação da via, e a possível obra de contenção, mas não obteve resposta, ontem, por causa do feriado.