Moradores do conjunto habitacional da Posse denunciam infiltrações, goteiras e infestação de pombos
Há três meses a aposentada Teresa Felipe Pires, de 61 anos, está morando no Conjunto Habitacional Oswaldo Santarsieri Médici, no distrito da Posse. O sonho de ter a casa própria depois de ver sua residência ser destruída por um deslizamento de terra, infelizmente está se tornando um pesadelo. O apartamento no terceiro andar de um dos blocos do conjunto está repleto de goteiras. As infiltrações estão na sala e no quarto. Além disso, os moradores denunciam uma infestação de pombos.
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As moradias foram construídas pelo Estado e pela Prefeitura e começaram a ser entregues em 2016, depois de quase 11 anos de espera. Em nota, o governo do Estado respondeu que encerrou em junho a licitação para a contratação da empresa que fará as obras de conservação no conjunto. A previsão é que o serviço seja iniciado em 20 dias.
No apartamento de 40 metros quadrados com dois quartos, sala, cozinha e banheiro, Teresa vive com o marido e o filho. Ela conta que as goteiras surgem da noite para o dia e assim do mesmo jeito, também desapareceram. “Agora elas estão na sala, bem onde fica o lustre, e no quarto do meu filho. Água na rede elétrica é algo perigoso. Já perdi tudo uma vez e tenho medo de chegar aqui e minha casa está incendiada”, disse a moradora.
Antes de se mudar para o conjunto habitacional, Teresa vivia com a família na comunidade Nossa Senhora de Fátima, também no distrito da Posse. O que restou da antiga casa foi demolida em 2007 depois de um deslizamento. Desde então, ela vivia com a ajuda do Aluguel Social. “Interditaram minha casa e tive que assinar um termo para a Defesa Civil demolir e eu conseguir o aluguel social. Agora tenho esta casa e tenho medo de perder também”, contou Teresa.
Além dela, outros moradores também denunciaram os mesmos problemas nos imóveis, “Na cozinha e banheiro, os vazamentos estão por toda parte”, disse o aposentado José da Costa Machado, de 84 anos. Ele e a esposa mudaram para o conjunto há oito meses e, segundo o morador, as goteiras e infiltrações sempre apareceram.
No terreno foram construídos 144 unidades habitacionais divididos em 12 blocos com três pavimentos de quatro unidades. Dez desses apartamentos são adequados para pessoas com deficiência. As demais moradias localizadas no andar térreo foram destinadas, prioritariamente, para pessoas com mobilidade reduzida.
A Prefeitura informou, em nota, que a Secretaria de Obras, Habitação e Regularização Fundiária vem mantendo contato frequente com os moradores do conjunto habitacional da Posse e todos os relatos feitos para o Departamento de Habitação estão sendo informados para que a empresa responsável pela obra faça os reparos necessários. Quanto aos apartamentos construídos pelo governo do Estado, o município vem cobrando a Secretaria das Cidades e a Cehab que finalize com rapidez o processo de licitação para contratação de uma empresa para fazer a manutenção das unidades.