Moradores reclamam da demora no acionamento de sirenes no Vale do Cuiabá

18/02/2020 10:21

A Secretaria de Defesa Civil registrou 14 ocorrências devido a forte pancada de chuva que ocorreu na tarde do último domingo. Dois imóveis foram interditados no bairro da Glória, em Correas, após deslizamentos de terra. No Vale do Cuiabá, o Rio Cuiabá transbordou. Uma casa foi inundada. Algumas ruas ficaram alagadas e a ponte do Buraco do Sapo chegou a ficar submersa. Segundo a Defesa Civil, a sirene do Sistema de Alarme e Alerta do Buraco do Sapo foi acionada. Mas moradores relatam que o acionamento foi feito uma hora após o transbordamento do rio. 

Segundo a Defesa Civil, o acionamento foi devido ao acumulado na localidade – 16,8 mm em quatro horas, segundo os pluviômetros do Inea (Instituto Estadual do Ambiente) – pela classificação, uma chuva moderada, somado as fortes chuvas de Teresópolis, fizeram com que o Rio Cuiabá transbordasse. 

A chuva começou na região ainda no início da noite, moradores relatam que o rio começou a subir por volta de 21h, mas que o acionamento das sirenes só foi feito às 22h13. O Sistema de Alarme e Alerta do Vale do Cuiabá, instalado no Buraco do Sapo e no Gentio, faz parte do conjunto de 20 sirenes instalados no município. Nesta localidade o sistema está sem manutenção há, pelo menos, três meses. Segundo a empresa responsável pelo sistema, Gridlad, o serviço foi interrompido devido a falta de pagamento pela Ong Viva Rio, que mantinha convênio com a empresa. O acionamento deste equipamento é feito de forma manual. 

Segundo a Defesa Civil, o clube Boa Esperança, ponto de apoio do bairro, permaneceu aberto durante a madrugada, mas nenhum morador procurou pelo local. Uma equipe da Defesa Civil pernoitou no local. Uma equipe da SAS esteve na região ontem (17) pela manhã. O Gentio também conta com uma sirene, mas segundo a Defesa Civil, não foi necessário o acionamento, já que o nível do Rio Santo Antônio estava dentro da normalidade.

A Ong Viva Rio foi novamente consultada sobre o atraso no pagamento, mas até o fechamento desta reportagem não obtivemos resposta.

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