Moradores relatam movimento do tráfico na Comunidade Atílio Marotti

20/04/2018 09:05

Um jovem de 20 anos foi morto a tiros na madrugada dessa quinta-feira (19) no bairro Atílio Marotti. O corpo de Juan Marcos da Silva foi encontrado no início da manhã, numa área de mata próximo à rua Manoel Pinto Filho. Próximo ao cadáver havia três munições de pistola calibre 9 milímetros.

O Setor Eco da Polícia Militar foi a primeira equipe a chegar ao local. Os agentes foram acionados por volta de 7h15. No no local do crime, foram recebidos pela mãe do rapaz. Dois dos projéteis estavam ao lado do corpo, e um outro mais afastado. A Polícia Técnica foi acionada e fez um trabalho de perícia no local. Em seguida o corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) em Corrêas.

Para a Polícia Civil, a vítima, que ficou presa por suspeita de tráfico – de agosto de 2016 a outubro do ano passado (conforme dados da 105ª Delegacia Policial) pode ter sido assassinada numa disputa pela venda de drogas na região. “Estamos investigando o caso”, disse o delegado titular da unidade onde o crime foi registrado, Claudio Teixeira. 


Bairro violento

O histórico de violência no bairro Atílio Marotti tem deixado moradores preocupados. Apesar do esforço feito pelos policiais militares o crime não tem dado trégua na região. Somente nos últimos meses a Polícia Militar foi recebida a tiro pelo menos duas vezes. E tem morador dizendo que nas partes mais altas da comunidade não é difícil presenciar o comércio de drogas em escadarias e vielas. 

“Eles trocam papelzinho em plena luz do dia. E à noite fica ainda pior. Já vi um rapaz escondendo a arma na cintura. Aí a gente chama a Polícia Militar, eles vêm até aqui, às vezes são recebidos a tiros. E enquanto estão subindo, os rapazes escondem as drogas e as armas, e aí não podem ser presos porque não tem nada com eles. Essa é a realidade. E quando a PM consegue prendê-los, eles são solto dias depois porque são menores, ou então por vários outros motivos. Estou desacreditado com tudo isso. Os policiais são heróis, mas a nossa legislação é deficiente”, contou um morador que preferiu não ser identificado na reportagem.


Posição da Polícia Militar

Sobre a situação da violência em algumas comunidades da cidade, o comandante do 26º Batalhão de Petrópolis, disse que a Polícia Militar realiza o patrulhamento de rotina nessas regiões, efetuando prisões de criminosos por tráfico e apreensão de drogas e armas. 

“O batalhão continuará realizando ações de repressão ao tráfico de drogas, sendo muito importante que o cidadão continue denunciando através dos números já repassados para a imprensa”, declarou o coronel Oderlei Santos. Ele destacou a importância da participação popular nas denúncias, mesmo que sejam anônimas. “Os moradores poderão apresentar as demandas sobre segurança de seu bairros, pelos telefones de denúncia, ou também diretamente ao batalhão por ocasião da reunião do Conselho Comunitário de Segurança”, completou Oderlei. 


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