Morre aos 92 anos o bispo Pedro Casaldáliga, defensor dos direitos humanos e um dos símbolos da teologia da libertação

Morreu neste sábado (8), aos 92 anos, o bispo Pedro Casaldáliga, grande defensor dos direitos humanos e um dos símbolos da teologia da libertação no Brasil. Casaldáliga era bispo emérito de São Félix do Araguaia (MT), mas tinha amizade com Leonardo Boff fundador do Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis (CDDH) e por diversas vezes visitou a cidade. Ele estava internado por problemas respiratórios em decorrência do mal de parkinson. 

Nascido em Balsareny (Catalunha) em fevereiro de 1928. Ingressou na congregação dos missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria em 1943, e foi ordenado sacerdote em 1952. Em 1968, se mudou para o Brasil e fundou uma missão Claretiana, no norte de Mato Grosso do Sul. 

Era bispo de Prelazia de São Félix do Araguaia deste 1971. Sempre trabalhou em favor dos peões, dos camponeses, dos sem-terra e dos povos indígenas. Na década de 1970, se tornou referência na defesa desses povos e, por causa disso, foi alvo de processos de expulsão do Brasil durante a ditadura militar. 

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Casaldáliga era poeta, escritor e comunicador. Foi autor e co-autor de mais de 100 obras produzidas em várias línguas. Lutava pela justiça e pela paz, como um compromisso por uma sociedade mais justa e humana. 

O CDDH Petrópolis fez uma publicação lamentando a morte do bispo. As associações Araguaia com o Bispo Casaldáliga, da Catalunha, e a Associação ANSA, de São Félix de Araguaia, fundadas por Casaldáliga lamentaram o falecimento.

Serão realizadas cerimônias oficiais de despedida de Pedro Casaldáliga em Balsareny, cidade onde nasceu e em Barcelona. No Brasil, será feito um velório fechado na cidade de Batatais (SP), neste domingo(8) a partir das 15h, no Centro Universitário de Batatais. E mais duas cerimônias em Ribeirão Cascalheira (MT) e São Félix do Araguaia (MT), onde seu corpo será sepultado, no dia 11 de agosto.