Morte de gatos por envenenamento revolta moradores do bairro Bonfim

22/12/2016 08:55

O sonho de ter um bichinho de estimação rodeia o pensamento de muitas pessoas, principalmente das crianças, que não veem a hora de brincar com seus fiéis companheiros. Mas, e quando o sonho vira um verdadeiro pesadelo? Pois é, o que seria uma forma de alegrar a casa e a vida de muita gente se tornou motivo de tristeza. Há, pelo menos, quatro anos os gatos de moradores da Rua Alexandre Alves Antunes, no Bonfim/Corrêas, morrem de maneira suspeita.

De acordo com a dona de casa Amanda França, os animais normalmente aparecem em casa vomitando sangue e poucos minutos depois morrem e ficam imediatamente com o corpo enrijecido. Na última sexta-feira, a também dona de casa Lucimar Elerich perdeu o sétimo gato de estimação. Quem mais sofreu com a perda recente foi o filho dela de apenas cinco anos, que tem autismo. O menino se apegou a gatinha de apenas sete meses e não aceita a morte da felina.

“Foi recomendação da mé- dica dele que eu pegasse um bichinho para o meu filho. Eu no início fiquei com muito medo, devido às mortes frequentes de gatos aqui na rua, mas não quis privar meu filho de nenhum tipo de melhora por causa de receios meus. Mas acabou que foi pior! Ele está desolado e eu também. Não aguento mais ver meus gatinhos morrerem, ainda mais dessa forma brutal. Nós suspeitamos que existam pessoas envenenando os gatos, mas ainda não tomamos nenhuma providência jurídica a esse respeito”, desabafou.

Nesta terça-feira foi a vez de outro gato aparecer morto na região. Em menos de uma semana foram dois casos do tipo. Ao todo são pelo menos nove casos relatados por parte dos moradores, em alguns deles os animais apresentaram sangramento, morreram e logo em seguida ficaram com os corpos rígidos, em outros simplesmente desapareceram. Enquanto isso, quem ainda tem gatos em casa teme pela segurança dos animais. 

“Tenho uma gatinha de três anos e estou em pânico. Meu filho é apaixonado por ela, assim como eu. Duas tias minhas já perderam vários felinos e estou com medo de passar pela mesma coisa. O gato encontrado na terça é de uma moça que mora a apenas quatro casas depois da minha e um outro vizinho meu também perdeu o gato”, contou Amanda França.

Os moradores que ainda têm gatos fazem um apelo às autoridades de Petrópolis, veterinários e representantes de associação de proteção aos animais para que os ajudem a investigar o número expressivo de mortes de felinos. “Acreditamos que eles estejam sendo envenenados e por isso o nosso apelo. A morte deles é agonizante e nós ficamos com o coração partido diante de tanta maldade. Mas se por um acaso ficar comprovado que não é envenenamento, mas sim algum tipo de doença, também precisaremos de ajuda, pois alguns gatos ainda estão vivos”, disse temerosa. 

Vale ressaltar que é possível denunciar casos como esse ao órgão público competente do município, para o setor que responde aos trabalhos de vigilância sanitária, zoonoses ou meio ambiente. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos pode resultar em pena de detenção de três meses a um ano e multa. 

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