Movimento escoteiro: um estilo de vida para os jovens
Imagine um movimento que tenha atividades no mato, e que, além de tirar a atenção do seu filho do computador e celular, o incentive a ter mais compromisso com suas responsabilidades. E há um movimento que proporciona isso: o escotismo.
Jeane Ramos, que tem dois filhos no grupo 130º Dom Pedro II, relata de como o movimento ajudou o filho a ser mais comunicativo: “Eu tenho dois filhos escoteiros, o João Pedro de 18 anos, e o Luiz Eduardo de 15. O Luiz Eduardo, que na época era um menino muito introvertido, com dificuldade de socialização. Hoje, passa dias fora por causa dos acampamentos. Poosso dizer que é outra pessoa, é um garoto com iniciativa tanto nas atividades quanto nas conversas entre os amigos”.
O escotismo foi fundado em 1907 por Robert Baden Powell, um movimento mundial, educacional, voluntário, apartidário e sem fins lucrativos. O movimento tem como foco principal os jovens e crianças, ensinando bons valores, as ações de um bom cidadão, trabalho em equipe, lealdade, disciplina e respeito às regras.
Os adultos voluntários são os chamados “chefes”. Eles organizam as atividades, como por exemplo, corrida, atividade na água, trilha, arvorismo, tirolesa, guerra na lama. E também há atividades fora da sede do grupo escoteiro, onde os jovens fazem boas ações como visitar orfanatos, asilos, hospitais, além dos torneios e acampamentos. Quando essas crianças crescem podem continuar como voluntárias no movimento, o que aprenderam passam a ensinar.
Jeane conta com mais detalhes do porquê dessas atividades serem benéficas para os jovens: “Porque as atividades são todas feitas ao ar livre, a maioria delas. Eles correm, eles brincam, eles fazem trabalhos manuais, que nós conhecemos como “pioneria”, feito com amarras e madeira, eles participam de muitos eventos, onde eles encontram muitos outros escoteiros, fazem amizade, então a atividade física está sempre presente em todas as atividades que nós fazemos, em todas as reuniões.”
Jeane explica qual é o diferencial do escotismo, para prender a atenção das crianças em um mundo onde a tecnologia se faz tão presente: “O movimento é muito amplo, conhecido no mundo inteiro, então são milhares e milhares de pessoas envolvidas nesse movimento, e quando o jovem conhece o escotismo, ele passa a integrar essas novas pessoas, esses novos lugares, até mesmo, com uso de tecnologia ele tem a oportunidade de falar com pessoas de vários outros lugares, e isso traz pra ele um interesse de estar com essas pessoas, de sair, de conhecer um pouco mais do mundo em que vive. E é esse interesse que o movimento tem levado para eles, para os jovens, acredito que é isso que os tem levado a abrir esse leque de conhecimento. Porque as ideias não param, as atividades não param, são muito diversificadas, e, a cada reunião que nós temos, saímos com desejo de voltar.”
A presidente do grupo 130º Dom Pedro II, Margarete Barcellos Barboza, também fala sobre o significado desse movimento na vida das pessoas. “Um jovem bem instruído é preparado para lidar com vários tipos de obstáculos, ele saberá o que fazer caso seja necessário . Daí, ele tem como referência as leis escoteiras e a promessa.”
“Os pais interessados em colocar seu filho no movimento deverão encontrar um grupo escoteiro mais próximo de sua residência e fazer uma visita para tirar todas as dúvidas. É importante lembrar que a participação dos pais é fundamental para o bom desempenho do seu filho”, diz Margarete. Para quem quiser fazer parte do movimento, ou levar seu filho, em Petrópolis há três grupos escoteiros: o 35º João XXIII, no Quitandinha, 132º Oliveira Bulhões, no Cascatinha e o 130º Dom Pedro II, no Parque de Exposições de Itaipava. As reuniões são nos sábados, das 14h às 17h. Telefone para contato: (24) 988029209 ou (24) 988368919
RAMOS
O movimento é para todas as idades. Há quatro “ramos”: Lobinho: de 5 a 11 anos Escoteiro: de 11 a 15 anos Sênior: de 15 a 18 anos Pioneiro: de 18 a 21 anos E de 21 anos em diante, a pessoa pode ser Chefe ou Escotista, voluntários no movimento..