MPRJ denuncia seis homens pela morte do contraventor Fernando Iggnacio

13/03/2021 12:48
Por Agência Brasil

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou seis homens à Justiça pelo assassinato de Fernando de Miranda Iggnacio, ocorrido em 10 de novembro de 2020 no estacionamento de um heliporto no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste da cidade.

A vítima Fernando Iggnacio e o mandante do crime, Rogério de Andrade, são, respectivamente, genro e sobrinho do falecido contraventor Castor de Andrade, que foi chefe do jogo do bicho na zona oeste do Rio durante décadas.

De acordo com a denúncia, oferecida à 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri, o crime foi cometido por Rodrigo Silva das Neves, Ygor Rodrigues Santos da Cruz (conhecido como Farofa), Pedro Emanuel D’Onofre Andrade Silva Cordeiro e Otto Samuel D’Onofre Andrade Silva Cordeiro, seguindo ordens de Marcio Araujo de Souza e Rogério Costa de Andrade e Silva (chamado de Patrão).

Emboscada
De acordo com a denúncia, no dia do crime, por volta das 9h, os quatro primeiros denunciados chegaram de automóvel, tendo três deles invadido o terreno baldio que faz divisa com o heliporto, munidos de, pelo menos, dois fuzis.

Após aguardarem por cerca de quatro horas, Fernando Iggnacio desembarcou de seu helicóptero, retornando de Angra dos Reis, na Costa Verde, onde tinha ido passar o final de semana.

Os denunciados, então, posicionaram suas armas em cima do muro contíguo ao do estacionamento do heliporto, a uma distância de, aproximadamente, quatro metros do local onde estava estacionado o automóvel da vítima.

O contraventor foi atingido por três disparos, um deles na região da cabeça.

De acordo com a denúncia, Marcio Araujo de Souza, um dos responsáveis pela segurança pessoal de Rogério de Andrade, foi o responsável por contratar, a mando de Rogério, os demais denunciados para executarem o crime. A investigação identificou que Rodrigo das Neves e Ygor da Cruz já trabalharam como seguranças da Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel, cujo patrono é Rogério de Andrade.

Todos os seis foram denunciados por homicídio qualificado.

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