MPRJ investiga desordem urbana e violência nas praias de Cabo Frio
A sequência recente de episódios de violência, desordem e abusos aos consumidores nas praias e áreas públicas de Cabo Frio levou o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) a abrir três procedimentos distintos para apurar os problemas.
São investigadas as respostas do Município aos casos de violência por parte de barraqueiros, as condutas abusivas como a cobrança de consumação mínima e preços exorbitantes em barracas, além do possível excesso de permissões ao comércio ambulante.
A 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Cabo Frio instaurou inquérito civil relacionado às agressões aos turistas Rodrigo Pereira, na noite de 10 de fevereiro, na Praia do Forte, que resultou em sua morte, e a outros, na tarde da última sexta-feira, dia 1º de março, na Praia das Conchas. A Promotoria verifica quais medidas foram adotadas pela Prefeitura na defesa dos consumidores, bem como as punições aplicadas aos proprietários dos quiosques.
O segundo procedimento já instaurado apura a cobrança de consumação mínima e preços exorbitantes praticados por barracas na Praia do Forte. O MPRJ convidou, nesta segunda-feira (04), a chefia do Procon de Cabo Frio para uma reunião, de forma a intensificar a fiscalização sobre os quiosques e barracas em funcionamento na cidade.
Por fim, a Promotoria também investiga o número excessivo de autorizações ou permissões ao comércio ambulante na cidade, em especial, àqueles instalados em vias públicas, praças e locais de estacionamento de veículos.
As investigações, segundo o MPRJ, pretendem apurar os danos causados à cidade, ao turismo, à mobilidade urbana, aos pedestres e ao bem-estar dos moradores em razão da proliferação de comércios instalados em vias públicas, calçadas e logradouros públicos.