Mulher denuncia falta de atendimento prioritário na fila da vacina contra a covid em Itaipava

Depois de ter o atendimento prioritário negado, Rafaela da Silva Conceição, de 32 anos, não conseguiu tomar a vacina contra a covid-19 na manhã desta quarta-feira (11), no Parque de Itaipava. Ela estava acompanhada do filho, de oito anos, que tem autismo e microcefalia. O menino teve uma crise depois de ficar na fila e sem que houvesse prioridade para o atendimento, Rafaela teve que ir embora sem tomar a dose do imunizante.

“Eu cheguei a falar com as funcionárias que estavam aplicando as doses, mas disseram que ali não era lugar de prioridade e que eu deveria voltar depois de 13h que estaria mais vazio. Achei uma falta de respeito comigo e com o meu filho. Ela viu o estado em que ele estava”, desabafou a mãe.

Rafaela contou que preferiu agendar a vacina para o período da manhã porque assim teria carona para ir até o ponto de vacinação. “Quando chegamos lá estava cheio, mas não achei que fosse demorar. Ficamos na fila, mas com o passar do tempo meu filho não aguentou e começou a crise”, contou.

Ela disse ainda que perdeu a sessão de terapia do menino para poder comparecer a vacinação. “Eu não tenho com quem deixá-lo e nem quem leve na terapia. Não consegui tomar a vacina e perdemos a terapia em vão. Nós temos direito ao atendimento prioritário que não foi respeitado”, frisou Rafaela. De acordo com a legislação autistas tem direito ao atendimento prioritário.

A Tribuna questionou a Prefeitura de Petrópolis sobre o atendimento prioritário nos pontos de vacinação contra a covid-19. Em nota, a Secretaria de Saúde informou que pessoas acompanhadas de crianças especiais, assim como crianças de colo e idosos, têm prioridade no atendimento, devendo solicitar a prioridade junto à supervisão da equipe de saúde, no ponto de vacinação. A Divisão de Imunização do município está verificando junto à equipe do ponto de vacinação a situação relatada e fará contato com a pessoa citada para que a mesma seja vacinada.