Mulheres na política: representatividade em Petrópolis cresceu mais do que no país
O número é pequeno, considerando apenas três mulheres com cargos eletivos em Petrópolis, mas é maior do que o crescimento em proporção no território nacional. No país, a quantidade de mulheres eleitas este ano cresceu apenas dois pontos percentuais em relação a 2020, segundo levantamento da Câmara dos Deputados. Elas representam 17,92% dos eleitos este ano. Nas últimas eleições, totalizaram 15,83% do total de prefeitos e vereadores eleitos. Em 2020, das 58 mil vagas de vereador, 9,3 mil (ou 16,13%) foram preenchidas por mulheres. Agora, das 58,3 mil vagas, 10,6 mil (18,24%) foram ocupadas por elas. Foram eleitas no primeiro turno das eleições 724 prefeitas, o que representa 13% do total de prefeitos do país. Em 2020, foram 663 prefeitas eleitas (12%). Aqui, só tivemos homens candidatos a prefeito este ano, mas a gente comemora uma legislatura com três mulheres na Câmara de Vereadores pela primeira vez na história.
20% de presença feminina
Aqui, passamos de duas mulheres, Gilda Beatriz e Julia Casamasso, na última legislatura, para três, com a reeleição delas e ainda a estreia de Lívia Miranda, também vitoriosa nas urnas. Antes, as duas representavam 14% das cadeiras, e agora com três são 20% dos 15 assentos. É pouco, mas já é uma mudança, considerando que a primeira mulher vereadora na cidade, Carmen Felicetti, foi eleita em 1988. De lá para cá, mais cinco mulheres ocuparam o posto: Gilda, Julia, Renata Fadel e Wilma Borsato.
Financiamento
A Tribuna ouviu Hingo Hammes e Yuri Moura, candidatos neste segundo turno, sobre a questão do transporte público. Eles mencionaram licitações emperradas, terminais obsoletos e falta de fiscalização. Mas o assunto não se esgotou. A gente está bem curioso para saber, por exemplo, o que o eleito vai fazer com aqueles R$ 241 milhões que a gestão Bomtempo conseguiu de financiamento com o governo federal para a compra de ônibus novos. Um empréstimo que a gente vai ter que pagar até 2038. Será que Bomtempo vai fazer uma pegadinha e assinar logo esse financiamento? E se assinar e o eleito não quiser pegar o empréstimo, ele pode devolver?
Urgência
Críticos veementes do “hábito” da atual gestão em mandar o que é importante para a Câmara para ser votado em regime de urgência, Hingo Hammes e Yuri Moura, qualquer dos dois que for eleito, vão acabar com a prática?
Pires na mão
Bem que a gente já vinha falando há tempos que os artistas que se apresentaram na Bauernfest tinham tomado um beiço. Agora se tornou público com o presidente do Conselho Municipal de Cultura, André Amon, tendo que abordar o assunto. A prefeitura alega que foi a queda do ICMS, mas não explica por que atrações de festas posteriores receberam seus pagamentos e o povo da Bauer ainda não.
Pensa melhor
Enquanto isso, sem ainda nem ter formatado o Natal Imperial que teoricamente começa em um mês – nem a licitação para a decoração e iluminação foi feita ainda – a prefeitura diz que está promovendo a programação de eventos de 2025 em outras cidades. Melhor dar conta da desse ano primeiro e pagar o povo antes também.
E o plano?
O Conselho Municipal de Defesa Civil se reuniu ontem e na pauta tinha o item “Apresentação de produtos parciais do Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR)”. Trata-se do Plano que deveria ter ficado pronto em fevereiro. A dois meses do verão, o plano que está sendo revisto, considerando que as chuvas de 2022 alteraram as áreas de risco da cidade, não está finalizado. E é justamente o mapeamento necessário – um dos instrumentos importantes – para a prevenção.
Contagem
Petrópolis está há 1 ano e 165 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
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