Multas por videomonitoramento: o que mudou no trânsito três meses depois?
A prefeitura está nos devendo um balanço sobre o que impactou no trânsito a implantação do sistema de multas por videomonitoramento que começou a funcionar no finalzinho de março. Aliás, deve primeiro a divulgação de um balanço dessas multas e os locais ‘campeões’ de flagras de motoristas cometendo irregularidades. Depois, precisa divulgar sobre as pretendidas mudanças positivas e como o trânsito pode ter se tornado mais fluido com mais punição. A olho nu, nos parece que pouca coisa mudou. Por último, deve focar na publicidade da arrecadação com essa multas e a sua utilização que, espera-se, esteja sendo revertida em mobilidade, sinalização…
30 câmeras e multas em tempo real
Pelo sistema, que conta com 30 câmeras espalhadas pela cidade, os guardas municipais que atuam no Centro Integrado de Monitoramento e Operações de Petrópolis podem multar à distância, em tempo real, veículos que forem flagrados pelo sistema de câmeras desrespeitando regras de estacionamento e paradas, sem precisar abordar os condutores. As multas aplicadas podem ser de infrações leves a graves e variam de R$88,38 a R$293,47.
Sistema detecta construção em áreas de risco
E a prefeitura apresentou o Sistema de Detecção de Novas Construções em Áreas de Risco e Proteção Ambiental. Ele usa geoprocessamento e sensoriamento remoto identificando alterações de superfície que mostram avanço de edificações em áreas de risco. Assim, o monitoramento vira uma ferramenta para tomada de decisão nas ações de fiscalização, que torna o direcionamento de equipes muito mais assertivo. Mas, calma. Não é aqui, não. Foi em Niterói.
Maior da região
Ainda sobre o que precisamos avaliar sobre o Censo de 2022 e o esvaziamento econômico que pode ter influenciado (e muito) sobre esse êxodo, vale lembrar que em 2000, Petrópolis tinha uma população de 286.537 habitantes, correspondentes a 38,1% do contingente da Região Serrana.
Censo 2022
Esse número sobe, uma década depois para, em 2010, a cidade registrar 295.774 habitantes. E agora o número de pessoas vivendo na cidade diminuiu para 278.881 moradores, uma queda percentual de 5,75%. Fora isso é a primeira vez em 50 anos que a cidade tem redução populacional.
É dose!
Falando ainda no Censo 2022 que coloca Petrópolis encolhendo sua população em quase 6% foi ensurdecedor o silêncio dos poderes legislativo e executivo locais sobre o assunto. Vereadores só começaram a se pronunciar dias depois. Mesmo assim não propuseram nenhum trabalho prático a ser executado pelo legislativo para entender os números.
Cadê o nosso?
Lembra que o governo do Estado prometeu um “Café do Trabalhador” pra gente? Pois não temos nenhuma unidade ainda e Magé já inaugurou o segundo posto. A estrutura funciona em 35 cidades, num total de 39 polos, fornecendo café da manhã em terminais rodoviários de graça. São14 mil kits de café da manhã por dia.
Falta muito a esclarecer
Falando ainda sobre os ônibus, a gente esqueceu de comentar quando saiu o laudo pericial da CPTrans feito por um profissional independente contratado pela própria empresa. O documento diz que além dos veículos em operação, que eram 48, outros 20 em desuso estavam no local e cita que “ônibus estavam abastecidos com óleo diesel”. Mas quantos? E com quanto combustível? Os sucata também? Porque a empresas têm esse controle. E a quantidade de combustível também faz diferença para a propagação do incêndio.
Tinha câmera!
Também consta lá uma foto de um câmera de vigia. E transmitia as imagens para onde? Tem gravação? Como não é a função do perito independente, mas a gente tá curioso de ter essas respostas por meio da investigação policial. Pelo menos o documento do perito nos mostrou com imagens o quanto de perguntas ainda precisam ser respondidas.
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