Museu imperial bate recorde de visitação

O Museu Imperial registrou recorde de visitação no dia de ontem. A fila da bilheteria tinha centenas de pessoas e ocupou toda a rampa de acesso pelo portão lateral. Turistas de várias cidades aproveitaram as férias de janeiro para conhecer a cidade serrana e tudo indica que o movimento turístico durará o mês inteiro.

A capacidade máxima de pessoas circulando dentro do palácio é entre 350 e 400 pessoas – que é o número das famosas “pantufas”, necessárias para entrar no museu. Essa semana, porém, um estoque extra de pantufas antigas, que já tinham sido “aposentadas”, foi trazido para atender a demanda de visitantes. Como cada visita dura em média 45 minutos, a rotatividade é grande e somente na terça-feira o palácio recebeu mais de 1.800 visitantes.

Dois ônibus de 40 pessoas vieram em uma excursão do sul, da cidade de Francisco Beltrão-PR conhecer a cidade. O tour começou cedo e antes de chegar ao museu, o grupo já havia passado pelo Hotel Quitandinha e pela Catedral São Pedro de Alcântara. “Estou achando a cidade maravilhosa! Se pudesse, levava a Catedral para minha cidade”, disse, entre risos, a sulista Zélide Sinhorini, de 38 anos, analista de crédito. Ela veio à cidade pela primeira vez, junto do marido e do filho na excursão.

De acordo com o guia turístico que acompanhava a excursão do sul, Michel de Mattos, de 27 anos, da Associação de Guias de Turismo de Petrópolis, o mês de janeiro é sempre mais movimentado, mas o início dessa semana está especialmente intenso. “Espero que fique assim o mês inteiro”, disse. Para o sábado, dia 7, ele já tem um novo tour agendado com um grupo do Rio de Janeiro. Segundo ele, a capital costuma enviar muitas vans com turistas estrangeiros nas terças, quintas e sábados. Na lista de estrangeiros que visitam o museu, ganham os argentinos e chilenos, seguidos dos alemães, holandeses e americanos, segundo o recepcionista bilíngue do palácio, Ulisses Bade, de 20 anos.

No mês de janeiro, o Museu Imperial está oferecendo visitas guiadas gratuitamente. São oito horários por dia e não é necessário agendamento prévio. “O bom da visita guiada é receber uma contextualização da época, com informações e curiosidades que a pessoa não teria acesso visitando o museu sozinha”, disse Ulisses.

O museu relembra que não é permitido fotografar a parte interna do palácio – por motivos de conservação e para não atrapalhar o fluxo da visita. Além disso, também não é permitido entrar com  bolsas, que ficam guardadas em uma seção do palácio. Trata-se de uma medida preventiva para não haver acidentes esbarrando em objetos e quadros.

Para quem ainda estiver na cidade, vale ir ao Espetáculo Som e Luz, que acontece todas as quintas, sextas e sábados, às 20h. Uma projeção é feita na cortina d'água que sobe nos jardins do museu, além das sombras nas janelas do palácio. O ingresso custa R$ 20,00 e a meia entrada R$ 10,00.