Museu inaugura a exposição temporária ‘Aquisições’

13/08/2016 11:30

A exposição temporária “Aquisições” foi inaugurada na manhã de ontem no Museu Imperial. A mostra exibe objetos, documentos e relíquias que, até então, eram desconhecidas do público e que foram doadas por particulares ao acervo do museu. Entre elas, fotografias de artistas como Juan Gutierrez e cartas da Princesa Isabel. A exposição ficará em cartaz na Sala de Exposições Temporárias. 

Estiveram presentes cerca de 20 pessoas, dentre elas, doadores e colaboradores ativos do museu. O diretor do museu, Maurício Vicente Ferreira Júnior, discursou brevemente, agradecendo aos doadores pela colaboração inestimável ao patrimônio público, afinal são três as formas de incorporação de itens ao acervo histórico e artístico do Museu Imperial ao longo dos seus 76 anos de atividades ininterruptas: doações, compras e transferências. “Ao serem doadas, essas verdadeiras relíquias saem da esfera privada e ganham status de patrimônio cultural e público ao serem ofertadas ao Museu Imperial pela generosidade do ato da doação – que é a alma de uma instituição”, disse.

O artista plástico Walter Berner, filho de Guilherme Berner, um dos maiores organeiros – se não o maior – do Brasil esteve presente. Berner foi o responsável pela construção de quase 50 órgãos no Brasil – 22 deles apenas no Rio de Janeiro, dentre eles o órgão da Catedral de São Pedro de Alcântara, em Petrópolis, o órgão do Mosteiro de São Bento e o órgão da Igreja de Santo Antônio. Há cerca de quatro anos, Walter doou ao museu o acervo documental contendo os projetos, orçamentos e cartas de Berner. “Existe uma afinidade sentimental muito grande, é óbvio, mas se eu deixasse esses documentos só comigo, eu seria egoísta. A qualquer momento eu posso vir aqui e ver a foto do meu pai. Não guardar para si é compartilhar com a comunidade”, disse Walter.

Esteve presente também o professor Joaquim Eloy dos Santos, que doou 18 mil fotografias de Petrópolis no século XX à instituição. “Está disponível agora para quem quiser saber da história da cidade no ano 1950”, disse. Eloy segredou ainda que pretende doar outros documentos que possui em sua casa, como cartas de Olavo Bilac. 

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