Na Croácia, pesquisas boca de urna mostram reeleição do presidente Zoran Milanovic

12/jan 16:42
Por Associated Press / Estadão

Pesquisas de boca de urna publicadas após o encerramento da votação no segundo turno presidencial da Croácia neste domingo, 12, mostraram que o atual presidente Zoran Milanovic venceu a eleição com uma maioria esmagadora contra um candidato do partido conservador.

As pesquisas, conduzidas pela agência de pesquisas Ipsos e publicadas pela emissora de televisão estatal HRT, disseram que Milanovic ganhou quase 78% dos votos, em comparação com seu adversário Dragan Primorac, que ficou com cerca de 22%.

Os resultados oficiais devem sair na noite deste domingo.

O esquerdista Milanovic venceu confortavelmente o primeiro turno da votação em 29 de dezembro, deixando Primorac, um cientista forense que havia concorrido sem sucesso à presidência anteriormente, e seis outros candidatos muito atrás.

Porém, ele não atingiu 50% do eleitorado por uma diferença de apenas 5.000 votos, o que levou ao segundo turno.

Primorac ficou muito atrás, com 19%, na primeira etapa. “Estou esperando uma vitória”, disse Milanovic após votar neste domingo.

A eleição no país, que é membro da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e tem uma população de 3,8 milhões de pessoas, acontece em um contexto de inflação alta, escândalos de corrupção e escassez de mão de obra.

Milanovic, de 58 anos, é um crítico declarado do apoio militar ocidental à Ucrânia em sua guerra contra a Rússia.

Ele é o político mais popular na Croácia e às vezes é comparado ao presidente eleito dos EUA, Donald Trump, por seu estilo combativo de comunicação com oponentes políticos.

Neste domingo, ele voltou a criticar Bruxelas, que disse ser “em muitos aspectos não democrática” e administrada por autoridades não eleitas. “Essa não é a Europa moderna em que quero viver e trabalhar”, disse ele. “Vou trabalhar para mudá-la, tanto quanto puder como presidente de uma pequena nação.”

O presidente croata negou ser pró-Rússia, mas no ano passado bloqueou o envio de cinco oficiais do país para a missão da Otan de apoio à Ucrânia.

Ele também prometeu que nunca aprovaria o envio de soldados croatas como parte de qualquer missão da Otan para o país. Fonte: Associated Press.

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