Nadadora petropolitana se destaca em Nova Iguaçu: jovem sonha em disputar Olimpíada

20/08/2018 14:45

Isabela Faria de Souza, de apenas 11 anos de idade, líder do circuito serrano de natação, esteve em Nova Iguaçu na região metropolitana do Rio de Janeiro, no dia 11 de agosto, para disputar o desafio SESC de Natação. O desempenho da petropolitana foi de destaque. A jovem chegou em cinco finais e conquistou quatro medalhas, duas de ouro e duas de prata: foi campeã nos 50m Borboleta e Livre. Os vices foram nos nados Peito e Costas. O bom desempenho não parou por aí. Após conseguir uma autorização especial, Isa competiu no Troféu Desafio, juntamente aos adultos e teve como resultado a terceira colocação, trazendo o troféu para Petrópolis.

Competidora desde os 4 anos, Isabela coleciona bons resultados em diversas modalidades, ficou em terceiro lugar no desafio Rei e Rainha, tradicional evento realizado na praia de Copacabana, além disso, ela também já disputou a Maratona Aquática. Avaliada como uma atleta com potencial para longas distância, a pupila dos professores Eliane e Marquinho, busca nessas provas aprimorar seu desempenho, pois na categoria para sua idade, não há competições de acima de 200m.

Isabela fechou acordo recentemente para competir pelo Fluminense e estará uma vez por semana treinando no Rio de Janeiro. Ela espera poder competir no campeonato estadual ainda em 2018. A nadadora tem o apoio da academia Konën, onde possui uma bolsa e pode contar com espaços para treinamentos e acompanhamento profissional. A Konën ajuda também com o custo para inscrições nas competições. A jovem não tem nenhum apoio ou patrocínio, e busca interessados em investir em sua carreira. Ela tem o sonho de disputar uma olimpíada levando as bandeiras do Brasil e de Petrópolis na prova em que mais gosta de competir, o nado borboleta. Em 2028 a promessa da natação terá 21 anos e uma boa idade para lutar por medalhas. Até lá muito trabalho para seguir crescendo no esporte.

Uma história de superação desde o nascimento

Isabela veio ao mundo de forma prematura, nasceu com apenas 7 meses de gestação de sua mãe. Logo após o parto teve que seguir diretamente para a UTI neo natal, onde precisou ser reanimada pelos médicos. Ela ficou sem respirar por alguns segundos e isso ocasionou uma consequência. O tempo sem respiração deixou a menina com uma deficiência auditiva, ela atualmente escuta com o auxílio de aparelho. O pai Guilherme Ramos, conta que a dificuldade em ouvir chega a impactar nas competições. “Ela demora para ouvir o tiro de largada e as vezes pula na piscina atrasada”. Disse.

O drama sofrido pelos pais Guilherme e Simone Faria, nos primeiros dias de vida de Isabela, que ficou aproximadamente um mês na UTI, hoje são convertidos em orgulho e a atleta tem na dupla deus maiores apoiadores. Simone acompanha de perto o dia a dia de treinamentos da filha, ela é fisioterapeuta e dá aula na academia onde Isa treina. O esporte mais uma vez une família, superação e amor.  

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