Não vai faltar cerveja na Bauernfest: produtores artesanais garantirão parte do abastecimento
Os fãs da Bauernfest não vão ficar órfãos da tradicional cerveja gelada pelo menos dentro dos jardins do Palácio de Cristal. Depois de realizar duas licitações, na tentativa de contratar uma empresa responsável por todo o fornecimento da bebida, e não ter candidatos, a Prefeitura resolveu parte do problema. Por meio de uma lei, aprovada nesta quinta (14) na Câmara Municipal, apenas empresas petropolitanas poderão explorar o espaço com produtos típicos culturais alemães, entre eles a cerveja.
Além de uma grande barraca, que será dividida entre as marcas de cerveja artesanal de Petrópolis, os cervejeiros locais também vão fornecer a bebida para as barracas de comidas típicas que ficam no espaço dentro das grades do atrativo.
Segundo o produtor de cerveja artesanal Rafael Plantz, a lei será fundamental para preservar a cultura da cidade. “Sou da colonização alemã, cervejeiro e tenho uma empresa em Petrópolis. Então luto pelas empresas petropolitanas. Achei a lei fantástica porque vai ajudar a preservar nossa cultura, nossos costumes”, disse.
Vocação da cidade, a produção de cerveja artesanal começou a crescer menos de 10 anos atrás e hoje já é referência no estado, com cervejarias e microcervejeiros espalhados pelos quatro cantos de Petrópolis, além de feiras mensais de produtores artesanais e o título de Capital Estadual da Cerveja, recebido no ano passado.
Para o presidente da Associação das Micro cervejarias de Petrópolis (AMP), José Renato Romão, os cervejeiros estão felizes com a ideia de participar da festa, e também com o fato dela oferecer várias marcas para o público. “Ter outras marcas na festa é muito positivo. Hoje o público quer diversidade, quer ter o direito de escolher. E se a gente tiver isso através de produtos da cidade, o sucesso é ainda maior”, avalia.
Além de manter apenas empresas petropolitanas no espaço, a nova lei também prevê que uma das barracas e o moinho da festa sejam disponibilizados para organizações da sociedade civil voltadas ao atendimento de crianças e adolescentes indicadas pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança (CMDCA). A expectativa é de que a barraca lucre R$ 80 mil e o moinho R$ 300 mil para as instituições.