Nasce uma estrela – IV

03/06/2020 00:01

Criado e funcionando como difusor da arte cênica em Petrópolis, sob a reunião de amadores que haviam constituído os elencos do Grêmio Lítero-Teatral Artur Azevedo, Elenco Azul de Amadores Teatrais, Elenco Rosicler, Grupo Cênico da Escola de Música Santa Cecília, associados do clube Magnólia e alguns componentes do Teatro Mariano, além de novos interessados pelo teatro, o TEP – Teatro Experimental Petropolitano, após o sucesso da peça de estreia “A Canção dos Indigentes”, sob a direção artística de Paulo Gomes dos Santos, ensaiou e montou, no mesmo ano da fundação, as peças: “Os transviados ou O último natal”, de Amaral Gurgel e “Luar de Paquetá”, de Freire Júnior, dois renomados dramaturgos que brilhavam nos teatros do Rio de Janeiro e nas novelas da Rádio Nacional. Eram os testes para determinar a continuidade do grupo cênico ou a extinção do entusiasmo que grassava em todos os integrantes da novel companhia teatral petropolitana.

A peça “Os transviados ou O último natal” estreou no Teatro Santa Cecília nas noites de 25 e 26 de agosto de 1956 e foi reapresentada a 14 de outubro no refeitório da fábrica Dona Isabel, no Morin. Sob a direção de Paulo G. Santos, atuou o seguinte elenco: Ruy Fiuza (Promotor), Ezíquio Araújo (Dr. Norberto), José Borges (Juiz), Mercedes Gatti (Carolina),  Paulo G. Santos (Júlio), Iria Henrichs (Lidia), J. Eloy Santos (Padre Antônio), Joel Lucio Henrichs (Dr. Paulo), Walter Borges (Escrivão), Walmor Thomé e Waldemar Carvalho (Oficiais de Justiça), Silvinato Moura e Mário de Souza (Policiais). Em funções técnicas: Mirna Henrichs (ponto), Ricardo Melatti e J. Eloy Santos (maquilagem), Manoel Lima e Joel Henrichs (contrarregra), José Garcia (cenografia), Salvador Borges (sonoplastia); Jacy Guarani (som), Casa São Paulo e Colégio Werneck (móveis).

A peça “Luar de Paquetá” estreou no Teatro Santa Cecília nos dias 6 e 7 de outubro de 1956, no Teatro Santa Cecília, repetindo toda a equipe técnica, e o seguinte elenco: Vera Margarida (Faustina), Iria Henrichs (Dora), Mirna Henrichs (Alice), Humberto Fecher (Dr. Mário), José Borges (Guimarães), Iracy Couto (Mlle. Berthé), Mercedes Gatti (D. Geraldina), Waldemar Carvalho (Dr. Gaspar), Acyr dos Santos (D. Dolores), José, chofer (Walter Borges), Walmor Thomé (carteiro) e Silvinato Moura (pescador). Além da Casa São Paulo (Arão Furman) emprestou mobiliário a Casa Papaiz. O espetáculo prosseguiu com uma apresentação no refeitório da Fábrica de Tecidos Dona Isabel no dia 19 de novembro, no ano de 1956.

O surgir do TEP foi um acontecimento de causar espanto em toda a cidade por haver reunido mais de 40 participantes, em um momento onde a atividade teatral estava diluída e inexpressiva, desde a demolição do teatrinho Santa Cecilia em 1950. Com o novo teatro de 500 lugares, bem aparelhado, inaugurado em 1955, no mesmo espaço urbano, logo se reuniram os diletantes e ousaram comemorar o feito com um novo grupo cênico resultante da união de todas as finitas agremiações.

Para relembrar e homenagear tantos corajosos pioneiros, relembro aqui os nascentes tepianos, completando as referências  de todos os que participaram das atividades no 1º ano de vida do grupo (1956): Ernesto Pereira, Alcides Carnevalli, Alfredo d´Ávila, Luiz Carlos Borges, , José Garcia, José Guerra-Peixe, Mário Barbatti, Alberto Gatti, Thelma Lima, Antônio J. Mendonça, Aparecida do Carmo, Geraldo Quintella, José (Scheller) Karl, Delcir Marcolino, Álvaro Varanda Filho, Djalma Christ, Selbi Ricon, Juarez Avelar, Alberto Justen, Isabel Justen, Denir dos Santos e os já citados no decorrer dos artigos  (Jeds).

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