Natal Imperial 41% mais caro que a edição de 2019

Segundo a prefeitura, ao lançar uma ata de registro de preços para a iluminação de Natal, “Petrópolis garante concorrência leal e transparente entre empresas que oferecem o serviço”. Para ser transparente mesmo faltou dizer que as luzes podem custar R$ 3,9 milhões e que a programação cultural pode sair a R$ 1,9 milhão… O total de R$ 5,8 milhões que pode chegar essa conta é 41% maior do que os R$ 4,1 milhões usados por Bernardo Rossi no Natal Imperial de 2019.

Eu, hein!

A prefeitura tenta justificar os R$ 6 milhões para o Natal Imperial dizendo que pode não usar todos os itens da ata de registro de preços aberta para a iluminação. Faltando um mês para a abertura do evento é estranho não saber ainda o que a decoração prevê considerando que é um dos carros-chefe para o turismo da cidade. Talvez seja no sistema ‘vai colocando até onde der’.

Carnaval de luz

A prefeitura ainda disse, pomposa, que a ata de registro de preços para o Natal Imperial tem validade por 12 meses. Talvez a gestão interina de Hingo Hammes esteja planejando usar a mesma decoração – que é bem específica com árvores e outros ornamentos típicos natalinos – até a folia de Momo e fazer um Carnaval de Luz…

Inédito

E ainda por cima Petrópolis está na vanguarda. Segundo a prefeitura, “o governo do Estado já se manifestou no sentido de aderir à ata de preços e apoiar o município na realização do evento”. Partisans nunca viram nada igual… A não ser que o Estado tenha guardado seis milhões de lâmpadas ou algum Papai Noel e árvores de Natal e resolva vir aqui instalar.

Túnel de luzes: R$ 1 milhão

Olhando assim de relance parece até que o espírito do maestro Leonardo Randolfo está encostado lá no Instituto Municipal de Cultura que ele presidiu na gestão Bernardo Rossi… Porque se até mesmo o criticado (mas maneiro à beça) túnel de luz está incluído na decoração de Natal Imperial do interino Hingo Hammes… E olha que o preço é de R$ 1 milhão, beeeeemmmm mais caro que o primeiro.

Contagem         

Petrópolis está há 289 dias sem prefeito eleito pelo povo.

Sai de baixo!

Sobre as últimas da prefeitura incluindo os 6,2% retroativos dos servidores que a administração quer transformar em precatórios e o Natal Imperial a R$ 6 milhões com pouco prazo para execução, um Partisans passando ali na calçada da Koeler ouviu a definição de um membro do governo: “tá igual avião caindo. Todo mundo gritando e orando”.

A gente avisou…

Lá trás quando o Sindicato dos Servidores Públicos anunciou que concordava com a prefeitura em pagar em até 10 anos os retroativos a janeiro de 2017 dos 6,2% de reajuste dos servidores que haviam sido suspensos, a gente achou estranho. Afinal, o Sisep tem praticamente ganha na justiça ação que prevê o pagamento imediato, incluindo dos retroativos. Porque então concordar com um parcelamento? Eis que agora a prefeitura diz que nem assim pode fazer parcelamento. Vai transformar em precatórios a receber sabe lá Deus quando o reajuste dos servidores.

Faz as contas, gente!

 A alegação da gestão interina de Hingo Hammes é que não há orçamento para pagar os R$ 150 milhões que é a soma que a administração deve aos funcionários desses 6,2% desde janeiro de 2017.  O Sisep diz que foi pego de surpresa… Mas não teria ninguém com uma calculadora lá na prefeitura para fazer essas continhas e verificar direitinho antes de fazer essas promessas. Qualquer coisa a gente tem uma HP aqui para emprestar…

Coautores

Mas, vamos colocar pingo nos is nesta confusão que se tornou o assunto. Também têm culpa no cartório Rubens Bomtempo que ‘deu’ o reajuste de 6,2% no apagar das luzes de seu governo sem o caixa ter condições e deixou para Bernardo Rossi pagar em janeiro de 2017 e o próprio Bernardo Rossi que suspendeu a recomposição salarial. São coautores da lambança.

Frase da semana

É como diz o outro: é golpe em cima de golpe.

Silêncio

Sobre a fila do osso na Rua Vereador Prudente Aguiar – cujos caminhões deixaram de distribuir as carcaças por ordem dos próprios donos de estabelecimentos depois de o caso ter tomado repercussão – o mais assustador, na nossa opinião, é o silêncio. Não se ouviu nada dos nossos governantes.  

Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br