Navalni deixou mensagem sobre sua morte em documentário de 2022

16/fev 16:54
Por Redação, O Estado de S. Paulo / Estadão

Alexei Navalni deixou uma mensagem final para a Rússia. Na gravação do documentário Navalny, o crítico de Vladimir Putin foi questionado sobre que recado gostaria de deixar caso fosse morto: “não desistam”, respondeu.

“Minha mensagem para uma situação em que eu fui morto? É muito simples. Não desistam”, disse ele.

“Se eles decidiram me matar, isso significa que estamos incrivelmente fortes”, explicou na sequência, quando pedido para responder em russo. “Precisamos usar isso para não desistir, para lembrar que somos um grande poder, que está sendo oprimido por esses caras ruins. Não percebemos quão forte realmente somos. A única coisa que precisa para o mal triunfar é que as pessoas boas não façam nada”, afirmou.

Premiado no último Oscar como melhor documentário, Navalny, de Daniel Roher, narra como o crítico de Putin foi envenenado ao voar da Sibéria para Moscou. Na época, ele ficou internado em Berlim, onde os testes identificaram a presença do agente nervoso da era soviética, Novichok.

Navalni morreu nesta sexta-feira, 16, no presídio de segurança máxima no Ártico, para onde foi transferido em dezembro. O crítico de Putin estava preso desde de 2021, quando decidiu voltar para a Rússia depois do envenenamento e sempre denunciou todas as acusações como processos com motivação política.

Biden

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, lamentou a morte de Alexei Navalny nesta sexta-feira, 16. Navalny era opositor do governo de Vladimir Putin, na Rússia. Em pronunciamento, Biden disse que Putin é responsável direto pela morte de Navalny.

“Putin não ataca somente pessoas de outros países, como o que vem acontecendo na Ucrânia, ele também comete crimes terríveis contra seu próprio povo”, afirmou Biden. Ele afirmou também que os Estados Unidos vão “verificar mais opções” sobre o que pode ser feito para aumentar as sanções à Rússia.

Para assistir ao trecho do documentário com a mensagem de Navalni, basta clicar aqui.

(COM GABRIEL TASSA LARA)

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