No Rio, homem assedia ao vivo repórter, que relata ‘sensação horrível’
Um homem assediou uma repórter que fazia uma passagem ao vivo para o RJTV nesta segunda-feira, 2. O caso aconteceu com Bianca Chaboudet, jornalista da Inter TV RJ, afiliada da Rede Globo, enquanto ela noticiava uma ação da Defesa Civil contra afogamentos em Maricá, no Rio de Janeiro.
Bianca fazia a entrada ao vivo quando foi surpreendida por um homem que havia chegado por trás da repórter e tentou beijar o seu rosto. É possível ver que o local ainda estava movimentado, o que não o impediu de praticar o crime.
Mais tarde, a jornalista fez uma publicação no Instagram dizendo que havia passado “pela primeira vez por esse tipo de situação”. Segundo ela, o homem ainda parou atrás da câmera e falou coisas que Bianca não conseguiu ouvir por ter prosseguido com a notícia.
A repórter relatou ter ficado desestabilizada. “Foi uma sensação horrível”, descreveu. Ela agradeceu ao colega, o fotógrafo Julius Costas, que, conforme a jornalista, correu de onde estava para assegurar que Bianca estava bem, além de outros profissionais que lhe enviaram mensagens de apoio.
Por fim, ela condenou pessoas que atrapalham jornalistas durante o exercício da profissão. “Todo tipo de invasão nas entradas ao vivo são muito ruins. Deixa o repórter numa situação de vulnerabilidade, perdido no conteúdo que quer passar para o pessoal que está assistindo”, escreveu.
Na segunda, a Inter RJ TV publicou uma nota de repúdio e disse estar prestando o apoio necessário a Bianca. O comunicado, assinado por Rolf Danziger, diretor de jornalismo da afiliada, descreveu o caso como “um ato inaceitável de violência e desrespeito”.
“Esse ato covarde não é apenas um ultraje contra a Bianca, mas uma afronta a todas as mulheres e todos os jornalistas que estão na linha de frente da notícia”, afirma a nota. “Nenhum profissional merece ser vítima de agressão enquanto desempenha seu trabalho com dedicação e comprometimento.”
A emissora disse que tomará as medidas cabíveis para identificar e punir o agressor. “Não toleraremos qualquer forma de violência, assédio ou desrespeito. A liberdade de imprensa é um pilar fundamental da democracia, e continuaremos a exercê-la com coragem e determinação”, finaliza o comunicado, que presta solidariedade a profissionais vítimas de violência, “independentemente do gênero”.