Notícias do corpo: correr em jejum nem sempre é bom
Uma questão polêmica sem fim é a prática do exercício físico em jejum, que é uma situação diferente do jejum intermitente com outros objetivos. Quem defende essa prática, calcado em estudo, se apressa em dizer que estando os níveis de cortisol maiores por conta do jejum noturno as reservas de glicogênio são reduzidas e o exercício aeróbio de baixa intensidade estimularia ainda mais a queima de gordura, Wallis & Gonzalez (2019).
Em contrapartida, outros estudos mostram que essa prática não promove maior emagrecimento quando comparada com grupos alimentados pré-exercício, Schoenfeld et al. (2014).
Na prática, em 50 anos militando na Educação Física, já vi muita gente passando mal com fraqueza, tontura, sonolência, dores de cabeça e alguns desmaios hipoglicêmicos por estar fazendo atividade física em jejum.
É sabido que praticar atividade física alimentado(a), especialmente carboidratos complexos, aumenta as reservas de glicogênio que é o combustível do exercício físico.
Não são poucos corredores (as) que correm em jejum e não sentem nada. Como sempre digo aqui. Se você corre em jejum e se sente bem não tem porque mudar. Se já ocorreu algum mal citado acima é bom rever a prática. Se você é adepto (a) ao jejum intermitente já tem os benefícios esperados. Não tem motivo para correr em jejum correndo risco de passar mal. Exercício Físico é para se sentir bem, não para passar mal.
Literatura Sugerida: CHEUNG BERNARDO, Thiago et al. Exercício aeróbio em jejum: prescrição e opinião profissional e sua prática por alunos de academias de musculação. Educación Física y Ciencia, (2020).