Nova carta fala em ‘reafirmar compromisso com a democracia’

07/09/2022 09:46
Por Beatriz Bulla / Estadão

Os autores da carta em defesa do sistema eleitoral e da democracia lida no dia 11 de agosto divulgaram um novo texto, nesta terça (6), intitulado “Independência e Democracia”. O documento foi divulgado na véspera das comemorações do 7 de Setembro, que devem ser marcadas por atos de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), e para os quais as convocações envolvem mensagens de teor antidemocrático.

No novo texto, os articuladores da última carta – que obteve mais de um milhão de assinaturas de apoio – dizem que “homenagear o 7 de Setembro é também reafirmar o compromisso com a democracia e com a Constituição de 1988”.

“Há menos de um mês, vivemos um capítulo memorável com a leitura da ‘Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do estado democrático de direito’. Agora comemoraremos o bicentenário da Independência do Brasil (…) Uma nação independente pressupõe o respeito às instituições e à vontade livre das cidadãs e cidadãos, sendo o acatamento do resultado da eleição um valor inquestionável. O orgulho de ser brasileiro deve ser festejado! Nossa sociedade é capaz de decidir seus próprios rumos. Vamos continuar escrevendo a nossa história”, afirma a mensagem, exibida no mesmo site em que foram reunidas as adesões para a primeira carta.

A mensagem foi elaborada pelos juristas envolvidos na publicação da primeira carta: os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo Dimas Ramalho e Roque Citadini; o procurador do Ministério Público de Contas Thiago Pinheiro Lima; o ex-procurador-geral de Justiça de São Paulo Luiz Marrey; e o juiz federal Ricardo Nascimento.

Mobilização

No dia 11 de agosto, líderes da sociedade civil das mais variadas áreas de atuação, correntes políticas e formações lotaram o salão nobre e o pátio das arcadas da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) com contundentes discursos contra retrocessos democráticos.

O ato enfatizou uma resposta ao 7 de Setembro, convocado por Bolsonaro, de que não haverá respaldo dos principais atores brasileiros caso o mandatário não aceite o resultado das urnas. Houve manifestações em todo o País.

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