Nova pista de subida da serra: mais demissões em 2016

22/01/2016 11:00

O anúncio de redução do quadro de funcionários que trabalham nas obras de construção da Nova Subida da Serra preocupa o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção Civil (Sitcommm). De acordo com o presidente José Aílton, a informação foi passada pelo Consórcio Serrana I, na última quarta-feira, em uma reunião do sindicato. Ao todo, estão trabalhando 400 empregados, atualmente. O número deve ser reduzido a 300. Ou seja, 100 dos trabalhadores, devem ficar desempregados nos próximos meses. Para José Aílton, se não houver contratação até o segundo semestre, o prazo de entrega da obra, prorrogado para 2017, não será respeitado. 

José Aílton lembrou que, no período do pico da obra, que aconteceu entre setembro e outubro de 2014, a empreiteira chegou a contar com 1.200 funcionários. Este ano, com menos da metade dos trabalhadores, as obras devem ficar mais lentas.

Os empregados voltaram a trabalhar no início desse mês, após um período de 30 dias de férias coletivas. A nova pista de subida da serra começou a ser construída em 2013. Na época, a previsão era que as obras fossem concluídas esse ano, a tempo das Olimpíadas, que acontecem no Rio, em agosto. Porém, o prazo foi prorrogado e a nova data para término da construção é o segundo semestre do ano que vem. 

A Nova Subida da Serra, que vai ligar Petrópolis ao Rio, acompanhará, em parte, o traçado da atual pista de descida da serra, tendo início a partir do km 102, no distrito de Xerém, em Duque de Caxias e a a construção de um túnel de, aproximadamente, 5 Km de extensão. Segundo a Concer, ela trará uma série de benefícios sociais, econômicos e ambientais, reduzindo o tempo de viagem e ampliando a segurança viária para milhares de pessoas que dependem da BR-040 no dia a dia de suas atividades. 

Segundo José Aílton, os técnicos do Consórcio, responsáveis pelas obras, afirmaram que 2.550 metros do túnel foi escavado, ou seja, 50%. Sobre as demissões, o presidente do sindicato disse que o consórcio afirma que vai voltar a contratar no segundo semestre, assim que for depositada a verba do Governo Federal. 

A obra também inclui a construção de viadutos e obras de contenções ao longo do trecho. Avaliada em R$ 1,1 bilhão, a nova subida da serra pretende ainda minimizar o número de acidentes que acontece na serra constantemente, gerando engarrafamentos quilométricos e influenciando diretamente na qualidade de vida de petropolitanos que precisam descer e subir diariamente e causando transtornos para turistas e visitantes.

Questionada, a Concer, não se pronunciou sobre o assunto. A Tribuna também entrou em contato com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), mas não recebeu resposta até o fechamento da edição. 

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