Novo desplacamento de pedras é registrado na região do Ingá, na Posse
Na manhã desta sexta-feira (3) a região do Ingá, no dristrito da Posse, sofreu um novo desplacamento de rochas do maciço existente no local. Nenhuma residência foi atingida e não houve vítimas. As rochas deslizaram para um local de mata, próximo onde ocorreu um deslizamento em 2017. Moradores disseram que o barulho foi ouvido em todo centro da Posse.
Em janeiro de 2019, seis casas do bairro foram atingidas por grandes rochas que deslizaram de uma pedreira, deixando 41 famílias desabrigadas. Toda a Estrada da Pedreira foi interditada, e também as casas da Rua Manoel de Oliveira Pinho, que fica na parte de baixo da rua. Apesar da interdição, pelo menos metade das famílias da segunda rua voltaram a ocupar suas casas.
Na ocasião, técnicos do Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro (DRM-RJ) emitiram nota técnica recomendando a manutenção da interdição das moradias atingidas. Segundo a prefeitura, o documento também ressaltava que “a queda de blocos rochosos do maciço é um processo natural inerente à evolução geomorfológica”. Os geólogos apontam que “trata-se de um processo natural contínuo, sendo a área em questão suscetível a novas quedas e deslizamentos de rocha”.
Também no último ano, a prefeitura disse que acionou o Ministério do Desenvolvimento Regional para que uma equipe auxilie no trabalho de avaliação dos danos. E segundo a prefeitura, somente após análises mais aprofundadas seria possível definir as medidas a serem adotadas. No entanto, após um ano, nenhuma nova medida foi anunciada. Na Estrada da Pedreira o cenário é o mesmo de um ano atrás. As casas não foram demolidas, e o que ficou se assemelha a uma vila fantasma.
Segundo a prefeitura, está mantida a interdição de 41 imóveis na região do Ingá, na Posse. O principal motivo é o risco de novos deslizamentos. Questionada sobre a assistência às famílias prejudicadas no desplacamento ocorrido no ano passado, a prefeitura informou que forneceu material de higiene e cestas básicas para as vítimas. Na ocasião, a secretaria de Assistência Social cadastrou 27 famílias, das quais quatro apresentavam perfil e foram atendidas com opagamento do aluguel social.
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