Novo Plano Municipal de Redução de Riscos ainda não foi divulgado

16/abr 08:21
Por Wellington Daniel

Quase dois anos após a assinatura do contrato com a empresa responsável, a revisão do Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR) do primeiro distrito ainda não foi divulgada. A finalização do trabalho deveria ter sido feita até fevereiro, mas, até o momento, a Prefeitura ainda não informou atualização sobre o andamento do serviço. O valor pago foi de R$ 327.123,38.

A última atualização do plano é de 2017. Após a tragédia de 2022, a Prefeitura realizou uma licitação para a revisão, com contrato assinado em maio de 2023. No entanto, a ordem de início dos trabalhos só foi dada em agosto do ano passado. A partir daí, a empresa teria o prazo de 180 dias para a conclusão.

Em 2017, a última edição do PMRR listou 234 locais considerados como risco alto ou muito alto para deslizamentos, enchentes e inundações nos cinco distritos, o que equivale a 18% do território do município.

A Tribuna de Petrópolis tenta retorno da Prefeitura sobre o PMRR desde o início do mês. Até a última atualização, o município não encaminhou resposta.

Inea vai instalar radares

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) já começou os trabalhos para a instalação de um radar banda X em Petrópolis. Um segundo equipamento será instalado entre os municípios de Nova Friburgo e Teresópolis. A importância do aparelho na prevenção de desastres foi debatida em audiência pública da Câmara de Vereadores no ano passado, em que a Prefeitura não enviou representantes.

Um dos pontos trazidos no encontro por especialistas do Cemaden e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) é a importância da integração do trabalho do Radar X com a banda S, por exemplo. O professor Fabrício Polifke fez seu doutorado sobre as enchentes do Rio Quitandinha e apontou que a modelagem numérica também é importante, que poderia ser feita no Supercomputador Santos Dumont, por exemplo.

Um dos pontos trazidos na audiência é que não basta apenas o Radar X, que foi o grande foco do encontro, na ocasião. O custo dessa aquisição deve ser entre R$ 8 milhões e R$ 13 milhões. Segundo o especialista em meteorologia por radares do Cemaden, Carlos Frederico Angelis, é necessário que as bandas S (utilizadas hoje pela Aeronáutica) e a Banda X sejam complementares, já que possuem frequência e alcance diferentes.

“A melhor forma de conseguirmos é com um sistema integrado”, apontou à época.

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