Número de casos de cinomose dispara e município pede vacinação

06/04/2017 12:00

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, através da Coordenadoria do Bem-estar Animal, está orientando os donos de cães a vacinarem seus animais contra a cinomose canina. A doença debilita o organismo do cão agressivamente, podendo levá-lo à morte em poucas horas. Em uma pesquisa realizada com o apoio de clínicas veterinárias particulares, registrou-se o aumento no número de atendimentos a cachorros com a doença em quase 50% durante o verão. 

A vacina contra a cinomose não faz parte do quadro obrigatório do animal nem da caderneta de vacinas oferecidas na rede pública do país. “Estamos acompanhando muitos casos de cinomose canina na cidade. É fundamental que os donos de cães vacinem seus animais contra a doença, que pode levar o bichinho à morte”, afirma Elisabeth Amorim, coordenadora do Bem-estar Animal. 

O veterinário da Secretaria, Vitor Natan, explicou que os principais sintomasaparecem quando o animal começa a apresentar secreção ocular e nasal, evoluindo para uma gripe com tosse. “Os principais sistemas acometidos são os aparelhos respiratório e digestivo, além do sistema nervoso. O cão perde o apetite e sofre com diarreia, podendo inclusive evacuar sangue. Depois estes sintomas iniciais vão desaparecendo, dando lugar aos que afetam o sistema nervoso. Primeiro o cachorro para de movimentar as patas traseiras e isso vai progredindo em direção à cabeça. Com esta progressão ele passa a ter movimentos involuntários, como se fossem tiques nervosos, evoluindo para convulsões e, na maioria dos casos, terminando com a morte do animal”, explica o veterinário da Secretaria, Vitor Natan.

O cão infectado pela doença que sobrevive, em quase todos os casos, fica com seqüelas. A única maneira de proteger seu cachorro de estimação é através da vacina. “Filhotes a partir dos 45 dias de vida precisam tomar três doses com intervalos de um mês entre cada uma. Animais adultos que nunca foram vacinados recebem duas doses também com 30 dias de intervalo entre uma e outra. Depois desta imunização inicial, basta apenas o reforço da vacinação anual”, orienta o veterinário.

Fazem parte do quadro obrigatório as vacinas de proteção múltipla, contra a gripe, contra a raiva e contra a giardose. “É importante orientar o dono do cão porque a vacina contra a cinomose não faz parte do quadro obrigatório. Normalmente, são dadas as vacinas proteção múltipla, contra a gripe, contra a raiva e contra a giardose”, disse Elisabeth.


Últimas