Número de casos de covid-19 nos EUA avança 60%, na comparação semanal
A força-tarefa da Casa Branca contra a covid-19 destacou o avanço forte dos casos da doença nos Estados Unidos, mas com recuo nas mortes. Durante entrevista coletiva nesta quarta-feira, 29, a diretora do Centro para Controle de Doenças do país, Rochelle Walensky, informou que houve alta de 60% nos casos confirmados na média da última semana, na comparação com a anterior, para cerca de 240 mil novos registros diários da doença. As mortes, por sua vez, estão em média de 1.100 ao dia na última semana, um recuo de 7% ante a média da semana anterior.
As autoridades disseram que em parte isso ocorre pois há um intervalo de cerca de duas semanas entre o aumento dos casos e o de hospitalizações e mortes. Ao mesmo tempo, elas lembraram que há relatos preliminares de que a variante Ômicron é menos agressiva, o que pode explicar em parte o quadro.
Walensky qualificou a cepa Ômicron como “altamente transmissível”. Ela também explicou a nova diretriz oficial dos EUA de que é possível fazer isolamento por apenas cinco dias, não mais dez. Segundo a norma, é possível fazer cinco dias de isolamento, quando há mais risco de transmissão, e nos cinco dias seguintes as pessoas podem sair, desde que usem máscaras o tempo todo. As autoridades disseram que isso se deve ao fato de que o risco de contagiar outros é bem maior nos cinco primeiros dias. De qualquer modo, Walensky enfatizou a importância de se usar máscaras para conter as transmissões, no quadro atual.
Também presente na coletiva, o epidemiologista Anthony Fauci disse que os reforços na vacinação mostram-se agora cruciais para conter a pandemia, diante da variante Ômicron. Ele lembrou que o risco de casos graves da doença é maior entre os não vacinados e também disse que as crianças têm sido mais afetadas pela covid-19 no quadro atual, com a nova variante mais transmissível.
Fauci foi questionado sobre as festas de fim de ano. Segundo ele, caso as pessoas estejam planejando ir a celebrações com algumas dezenas de pessoas, se abraçando e em contato próximo, esse não é o ano ideal para fazer isso.
O coordenador da força-tarefa, Jeff Zients, também comentou o trabalho do governo para reforçar o apoio aos governos estaduais nas medidas para conter a crise de saúde, com mais envio de testes e, quando necessário, de pessoal para ajudar a tratar doentes ou a reforçar a vacinação.