Número de jovens votantes aumentou em 78% no país

29/jul 10:26
Por Juliano Galisi / Estadão

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou, na última semana, o perfil do eleitorado brasileiro para as eleições municipais de 2024. Segundo a Corte, são 155.912.680 eleitores aptos a votar no pleito que elegerá, em outubro, prefeitos e vereadores nos 5.569 municípios do País. O primeiro turno está marcado para o dia 6. Em caso de segundo turno, a votação ocorre no dia 27 do mesmo mês.

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As mulheres compõem a maior parte do eleitores, segundo os dados da Justiça Eleitoral. Além disso, o número de eleitores de 16 e 17 anos aumentou em 78% desde a eleição municipal passada, enquanto o número de pessoas que pediu ao TSE o tratamento pelo nome social é o maior da história.

Dos 155 milhões de eleitores, mais de 52% são do sexo feminino: são 81.806.914 mulheres aptas a votar nas eleições de outubro. Os homens são 74.076.997. A proporção entre mulheres e homens não apresenta diferenças significativas em relação aos eleitorados de pleitos anteriores.

Facultativo

Para os jovens de 16 e 17 anos, o voto é facultativo, ou seja, é permitido, mas não obrigatório. Em 2024, são 724.324 os eleitores de 16 anos que se registraram na Justiça Eleitoral para a emissão do título. Eles se somam a 1.111.757 jovens de 17 anos que estão aptos a votar nas eleições de outubro deste ano.

No total, 1,83 milhão de jovens podem ir às urnas em 2024 – 78% a mais que o total apresentado no pleito municipal passado, em 2020. Naquele ano, essa faixa etária do eleitorado somou 1,03 milhão de pessoas inscritas.

O aumento pode ser explicado dado o contexto da eleição passada, o pleito geral de 2022. No primeiro semestre daquele ano, artistas e influenciadores digitais fizeram campanha para que jovens de 16 e 17 anos se habilitassem a votar. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indicam que, no período, mais de dois milhões de jovens realizaram a solicitação do título de eleitor.

Segundo o TSE, do total de eleitores, 129.198.488 possuem cadastro biométrico, o que representa 82,87% do conjunto. Por outro lado, são 26.714.192 os eleitores que ainda não realizaram esse cadastro. A biometria é uma tecnologia que garante maior segurança às eleições ao confirmar a identidade de cada eleitor por meio das impressões digitais armazenadas pela Justiça Eleitoral. O cadastro é obrigatório para quem, desde as eleições gerais de 2020, compareceu a um cartório eleitoral para emitir o primeiro título ou regularizar o documento.

Para esta eleição, são 41.537 os eleitores que solicitaram à Justiça Eleitoral o uso do nome social. O número é o maior desde 2018, ano em que o TSE passou a permitir que pessoas trans e travestis solicitassem o tratamento pelo nome com o qual se identificam. Em relação a 2022, o índice aumentou em cerca de 10%.

Em SP, o maior e o menor colégio eleitoral do País

São Paulo registra os dois extremos de número de eleitores por município. A capital paulista conta com 9,32 milhões de pessoas aptas a votar no pleito de outubro. O segundo maior colégio eleitoral do País, a cidade do Rio de Janeiro, registra 5,02 milhões de eleitores.

O município com o menor número de eleitores do País é paulista: Borá tem 1.094 pessoas registradas a votar. O segundo colégio eleitoral mais diminuto do Brasil é Engenho Velho, no Rio Grande do Sul, com 1.192 registros. O tamanho do eleitorado de uma cidade é utilizado pelo TSE para o cálculo do limite de gastos para as campanhas a prefeito e vereador.

Segundo a legislação eleitoral, a cada ano de votação, são estipulados dois tipos de limites: um às campanhas ao Executivo e outro, aos candidatos ao Legislativo. Na cidade de São Paulo, os partidos poderão gastar até R$ 67.276.114,60 na campanha de prefeito em primeiro turno. Em caso de segundo turno, a quantia permitida é de mais R$ 26.910.445,80. Uma candidatura a vereador poderá receber até R$ 4.773.280,39.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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