Número de vendedores ambulantes cresce no Centro Histórico; Sicomércio solicita maior fiscalização

18/12/2022 18:29
Por Redação/Tribuna de Petrópolis

Quem anda pelas ruas do Centro Histórico de Petrópolis nota que houve um aumento no número de vendedores ambulantes. Expondo produtos em pequenas estruturas ou abordando quem passa para oferecer algum produto, eles passaram a gerar incômodo a alguns petropolitanos e lojistas.

Devido às reclamações dos lojistas do município, o Sindicato do Comércio Varejista de Petrópolis (Sicomércio) solicitou à Prefeitura reforço na fiscalização dos ambulantes que atuam sem licença.

“Estamos recebendo muitas reclamações no sindicato, principalmente porque os próprios clientes reclamam nas lojas sobre a forma como estão sendo coagidos. Esse é um momento importante no processo de recuperação econômica do comércio e a segurança e fiscalização são necessárias para garantir a proximidade dos clientes. Além disso, é importante que as ações sociais sejam reforçadas para ajudar aqueles que estão precisando de auxílio.”, afirma o presidente do Sicomércio, Marcelo Fiorini.

No documento, o Sicomércio ressalta que muitos destes vendedores são oriundos de outras cidades. Afirma ainda que entre eles é comum a “coação de cidadãos, em geral idosos e adolescentes, para que comprem seus produtos através de tons, muitas vezes, de ameaça.” Além disso, são citados os supostos casos de exploração infantil, já que muitas crianças são vistas vendendo.

No ofício, o Sicomércio solicita a criação de instrumento que cadastre e regularize os vendedores, que vendem seus produtos, de fato, muitas vezes artesanais, e que não devem ser confundidos com outros que não possuem a mesma boa intenção, além de pedir a obrigatoriedade de material de identificação e verificação de toda documentação fiscal e do fornecimento de mercadorias.

Uma petropolitana, que preferiu não se identificar, fez uma denúncia à Tribuna na última semana sobre a situação observada nas ruas do Centro Histórico. “Você anda pelas ruas e sente medo, principalmente sendo mulher. Se você não aceita comprar uma bala, que seja, eles [os ambulantes] são agressivos com a gente. O mesmo não acontece com o meu marido, por exemplo. Por que será? Petrópolis sempre foi uma cidade segura; me preocupa muito que isso esteja mudando gradualmente. Alguma providência precisa ser tomada logo.”, desabafa.

A Tribuna de Petrópolis questionou a Prefeitura sobre o que vem sendo feito para solucionar esta questão, mas não obteve retorno.

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