Número de vítimas de acidentes de trânsito em Petrópolis aumentou 20% em cinco anos
O número de vítimas de acidentes de trânsito aumentou 20% em cinco anos, de acordo com dados da Companhia Petropolitana de Trânsito (CPTrans). Em 2012, foram 1.195 pessoas feridas. Em 2016, este número passou para 1.428. O Corpo de Bombeiros aponta a imprudência dos motoristas e a desativação dos radares como as principais causas para o aumento dos acidentes e da quantidade de vítimas.
"Nas vias que consideramos mais críticas percebemos um aumento significativo das ocorrências e cada vez mais eles são mais graves. Na Avenida Barão do Rio Branco, por exemplo, a reativação dos radares seria um ponto importante para a redução de acidentes", ressaltou o comandante do 15º Grupamento do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Ramon Camilo.
Na madrugada de ontem (15), um acidente na Avenida Barão do Branco deixou três adolescentes – com idades entre 17 e 18 anos – feridos. O carro que estavam, um modelo Fiesta, colidiu com um poste. A frente do veículo ficou destruída. Os jovens foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros e levados para o Hospital Santa Teresa (HST). De acordo com o hospital, uma das vítimas teve alta e os outros ainda estão internados.
Também na madrugada de ontem outro acidente, desta vez na Rua Washington Luiz, destruiu a entrada de uma revendedora de carros na altura do número 268. O motorista do veículo, modelo Parati, teve ferimentos leves e não chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros. Este foi o terceiro acidente registrado no trecho esta semana. Na segunda (12) um veículo caiu dentro do rio próximo a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e na terça-feira (13) um carro colidiu com o muro de uma loja de tintas.
Quem mora ou é comerciante na região pede mais sinalização e o retorno dos radares na via. "É assustados viver aqui, somos acordados de madrugada com os barulhos das batidas. Não existe paz", lamentou a aposentada Vera Kreisher, de 61 anos. Ela mora no local desde que nasceu e denuncia que os motoristas não respeitam a via perigosa. "Eles passam aqui sempre em alta velocidade. É um desrespeito", disse.
A moradora conta que já denunciou o problema ao Ministério Público e um abaixo-assinado foi entregue a CPTrans. "Queremos mais segurança, seja com quebra-molas ou os radares. Mas algo tem que ser feito. Em 2015, eu lembro de uma moça que ficou paraplégica depois um acidente neste mesmo ponto. Até quando vamos ter que aguentar", frisou.
Os radares foram desativados em setembro de 2015 após o término do contrato com a empresa responsável. Na época a cidade contava com 36 equipamentos instalados em quatro pontos da Avenida Barão do Rio Branco; outros quatro locais da Estrada União e Indústria, entre Corrêas, Nogueira e Itaipava; em mais três trechos do terceiro distrito; um na Rua Monsenhor Bacelar, no Centro; em dois trechos da Rua Washington Luiz; na Avenida Ipiranga, também no Centro; nas estradas do Samambaia e José Carneiro Dias, em Cascatinha; e dois no Bingen. Até o momento, a CPTrans ainda não abriu nova licitação para a reativação dos radares e também não há prazo para a realização do pregão.