Números sobre câncer ainda são alarmantes

05/02/2018 09:10

Dados da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica de 2007 à 2017 apontam que os canceres que mais matam mulheres no município são o de mama com 462 óbitos nos últimos dez anos, o de colo do útero com 99 mortes, e de útero e outros locais com 111 mortes. Já os homens são mais afetados pelo câncer de próstata, que resultou em 364 mortes, durante o período, nos brônquios e pulmões, com 344 óbitos, e no estômago, com 249. Os números seguem a tendência nacional. Segundo o Instituto Nacional de Câncer, o câncer de pele não melanoma é o mais frequente no país, e a segunda posição é ocupada pelo câncer de próstata, para homens, e de mama, para mulheres.

Considerado menos letal, o câncer de pele não melanoma deve ter cerca de 165 mil novos casos diagnosticados por ano no Brasil. Se esses casos não forem levados em consideração, as mulheres brasileiras terão como tipos de câncer mais incidentes o de mama 59 mil casos, de intestino,com quase 19 mil e o de colo de útero 16 mil. Entre os homens, a próstata é a parte do corpo que deve ser mais acometida pela doença, com 68 mil casos, seguida pelo pulmão, com 18 mil, e o intestino, com 17 mil. Estima-se que surjam cerca de 600 mil novos casos de câncer por ano em 2018 e 2019. Os homens devem apresentar mais casos de câncer que as mulheres em 2018, com cerca de 300 mil casos, enquanto elas devem ter 282 mil novos casos.

Já em Petrópolis dados do Centro de Oncologia de Petrópolis (CTO), mostram que a incidência média anual de novos casos da doença na unidade de saúde fica em torno de mil. Apesar disso, em 2017 foram registrados no local 309 casos de cânceres em mulheres e 295 em homens. Destes 137 foram de mama e 85 de próstata.

A Associação Petropolitana dos Pacientes Oncológicos aponta que atualmente são realizados cerca de 500 atendimentos por mês na unidade a pacientes de outros municípios do estado, que buscam tratamento em Petrópolis. E para prestar um auxílio melhor, em 2014 foi inaugurada a Casa de Apoio da associação. O local oferece aos pacientes provenientes de Petrópolis e Região, alimentação adequada, socialização, aulas de dança e artesanato, dentre outras, e direito a acompanhante durante a semana. A APPO é uma entidade de Utilidade Pública Municipal, Estadual e Federal, que atua há 25 anos na cidade.


Prevenção é fundamental para diminuir casos de óbitos

Diante do número alarmante de novos casos por ano a prevenção foi destacada como a melhor forma de diminuir os óbitos decorrentes da doença. Por isso nesta segunda-feira é comemorado o Dia Nacional da Mamografia. A data foi criada há dois anos com objetivo de sensibilizar mulheres sobre a importância de realizar o exame para a detecção precoce do câncer de mama, uma das principais causas de morte do público feminino no Brasil.

Por isso, segundo a especialista em radiologia mamária Karuline Catein, a recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia preconiza a realização da mamografia para todas as mulheres anualmente a partir dos 40 anos, em casos especiais até mesmo antes disso. “A mamografia consegue detectar nódulos menores que 1,0 cm, assim como identificar calcificações suspeitas, distorções arquiteturais e assimetrias focais. O exame favorece a descoberta da doença e estágio inicial, o que reflete em um melhor prognóstico para o paciente, ou seja, há maior chance de cura. O câncer de mama, por exemplo, se descoberto em fase inicial tem 95% de chance de cura”, afirmou.

A descoberta do câncer

A petropolitana Marta Cristina Pencianato da Cunha é uma das mulheres que enfrenta a luta contra o câncer. Em novembro de 2016 ela descobriu que estava com câncer de pulmão, e desde então têm seguido uma rotina intensa de tratamento. “É uma experiência muito complicada, e que por vezes deixa quem está passando por isso fragilizado. Graças a Deus tenho o suporte da minha família e amigos e tenho certeza que as coisas melhorarão. Acredito que é preciso ainda mais informação para as pessoas sobre o que é o câncer. Afinal os números de novos casos de diferentes tipos da doença crescem a cada dia”, ressaltou.



Últimas