O amigo sábio
Quem não aprecia uma boa leitura ou mesmo acompanhar programações televisivas, com relação a assuntos de interesse geral? Acredito que as pessoas assim devam proceder, até porque a maioria delas ainda pode se valer da moderna tecnologia para tanto.
Eu, por minha vez, em conversa com o amigo sábio, recebi não propriamente conselho, porém, uma sugestão que passei a adotar no decurso da minha vida, embora recentemente e, até o momento, não me arrependi de tê-la acatado.
Não posso negar, entretanto, que haja sido fácil a decisão de deixar de assistir pela TV, pelo menos, três vezes por semana, através de canais que se prestam a informar e bem assim entrevistar políticos “brasilienses”, no que concerne a assuntos a propósito do dia a dia, relativamente aos escabrosos acontecimentos que vêm ocorrendo no Planalto Central.
A verdade é que já não vinha, há algum tempo, me sentindo confortável no tocante a essa parafernália que vem se dando no âmbito do Congresso Nacional, e nós, do lado de cá, na condição de meros espectadores, cegos e mudos, a baixar as cabeças com relação às mais sórdidas manobras que vêm sendo perpetradas por algumas figuras, no âmbito do já citado Congresso.
Há que se ter, realmente, bom estômago para poder continuar apreciando esse triste “teatro”, em que a maioria dos “atores” o povo brasileiro já bem os conhece, políticos esses que deveriam ter sido defenestrados, de há muito.
Grande decepção sofrida, também, o que me conduziu a acatar a sugestão do amigo sábio, após, com perplexidade, assistir autoridades trocarem farpas entre si, em detrimento do devido decoro, fato a se lamentar, profundamente.
Por outro lado, quando tudo leva a crer que o país começa a mostrar tênues sinais de crescimento, vêm a público autoridades das áreas da Fazenda e do Planejamento, apontando para a majoração de tributos.
São situações que vimos vivenciando as quais, certamente, conduzem a todos nós à graves preocupações quanto ao futuro do país, sem falar de parlamentar que adota o entendimento, no sentido de que “a previdência quebrou o Estado do Rio de Janeiro”.
Diante de todo exposto, preferi seguir as indicações do sábio e passar a ler e ouvir matérias outras que não as relacionadas com o que se passa em Brasília, lembrando, mais uma vez, do grande escritor Jorge Amado e de sua obra, “O País do carnaval”.
É certo, e reconheço, que a apatia não irá contribuir para a solução do atual estado de coisas, a não ser que o eleitor passe a exercer o direito do voto com consciência e responsabilidade, visando o interesse geral, sobretudo, melhor escolhendo seus representantes.