O grave problema do transporte público na pandemia

Desde o início do processo de reabertura econômica no município, a cidade tem enfrentado um grande problema: a quantidade de pessoas no transporte público e a falta de coletivos. Infelizmente, o problema, que poderia ser facilmente corrigido pela Prefeitura, está se tornando uma questão de saúde pública. Basta você passar pela Rua do Imperador, Paulo Barbosa ou nos arredores do Terminal Rodoviário Imperatriz Leopoldina, nos períodos de pico. O excesso de tráfego, as inúmeras pessoas aglutinadas esperando o transporte público: uma situação caótica.

Será que está invisível para aqueles que têm a deliberação para atuar na questão a problemática que isto acarreta? São inúmeras pessoas aguardando os coletivos e, estas, estarão embarcando em ônibus completamente lotados. Será que teremos que esperar o aumento significativo do contágio pelo Coronavírus para podermos ter uma resolução proveniente do Executivo Municipal?

Enfim, neste momento de incertezas nós precisamos erguer as mangas e buscar, ao máximo, nos precavermos. Porém, um funcionário que precisa se locomover no transporte público, mesmo que ele tenha tomado todas as precauções necessárias, ele corre um risco alto de contaminação. É um problema visível a luz do dia e que precisa de ações. Porém, por mais que haja a publicidade de que estão tomando providências, nós não temos uma ação efetiva para conter este problema. Mais uma vez a precaução é deixada de lado, aguardando a situação ficar ruim para que possam tomar medidas emergenciais, algo que poderia ser evitado.

É importante considerarmos que este cenário se repete no Brasil inteiro, não é algo que apenas vivenciamos em Petrópolis. Porém, não podemos seguir a maré e não nos preocuparmos com a nossa situação. Se podemos mudar e fazer de uma forma diferente, devemos encontrar meios de fazer. Também acredito que as empresas de ônibus tem um papel fundamental nesse processo. Principalmente pelo trabalho social que eles prestam pelo transporte público. Deste modo, acredito que elas devam buscar meios de intermediar e atuar em prol da população de uma forma geral. Até mesmo sinalizações internas, como é o caso de marcações no chão do coletivo determinando a distância aceita entre os passageiros, podem fazer a diferença nestes casos.

Porém, a real questão que deve ser levantada neste momento está na necessidade do aumento da frota de linhas de ônibus da cidade. Algo que já venho cobrando na Câmara. É importante que o Executivo Municipal possa estar dialogando com as empresas e buscando meios para consolidar um projeto desta natureza. Somente assim poderemos acabar com as aglomerações que podemos perceber em nossa cidade neste momento.

Toda a preocupação, neste momento, se faz necessária e, por mais que a Prefeitura não apresente a solução para o problema logístico que hoje se apresenta: precisamos fazer a nossa parte e cobrar. Porque somente com muitas cobranças podemos, realmente, contornar esta situação que a nossa cidade está submetida. Ainda há muito a ser feito e precisamos contar com o desenvolvimento científico da medicina, para que, no futuro, possamos voltar ao nossas rotinas e ao nosso cotidiano.