O MDB de ontem e o PMDB de hoje

Mesmo tendo me afastado a muito, de qualquer filiação partidária, entendo que já dei minúscula contribuição e ponto.

Mas, não dá para viver nenhum minuto de nossas vidas sem a política.Podemos viver sem filiação, sem mandato, sem a companhia de  alguns políticos, mas, sem discutir política, jamais.

Entendo hoje, com o atual quadro de mais de 30 partidos, apenas em uma das mãos seja possível contar aqueles que podem sobreviver ao atual momento.

Quem viveu a época ou estudou a história do MDB, sua luta contra a ditadura, seus tantos nomes dignos, não consegue entender como se transformou nesse PMDB, cujo quadro, em sua maioria, faz arrepiar de medo.

O Estado do Rio, depois de tantos anos sob o comando do PMDB, o que se vê é a total falência de seus quadros, de sua gestão, questionada pelo MP Estadual e do MP Federal. Agora é o partido que domina o noticiário dos escândalos, que envolvem corrupção e chegou a vez do Estado do Rio saber o que fizeram governantes. Aqui também, espera-se, vai dar cadeia para muita gente.

Existem, como em qualquer partido, pessoas em que nós podemos acreditar, ainda, desde de que, assim que puderem, tomem outro caminho partidário, pois são ainda jovens promissores, que dá para salvar das garras dos velhos caciques do PMDB estadual, de suas práticas maquiavélicas e com tantos maus feitos para os cofres públicos. Sugiro a esses jovens políticos, inclusive aqui em Petrópolis, que, ganhando ou perdendo, que pensem se é possível ter uma carreira limpa, tendo começado com padrinhos altamente questionáveis e, em breve, presos. 

É inimaginável que alguém com um mínimo de informação sobre o que se passa no mundo possa desconhecer os desmandos de duas décadas do PMDB em nosso Estado.

Dentre os 92 municípios do nosso Estado do Rio, não sei quantos candidatos a prefeito vão colocar seus nomes para os eleitores, mas serão muitos. Fosse eu conselheiro de qualquer candidato já aprovado em outras eleições do PMDB para o cargo do executivo, com mandato ou não, aguardaria outra oportunidade. No caso de candidatos a vereador, se tiverem serviços prestados, devem ir à luta e, no próximo ano, dar outro caminho partidário ao seu mandato.

Em todos esses anos de comunicação, jornal (boca do trombone diária), em rádio, TV e nos nossos artigos aqui na Tribuna centenária, não me lembro de tantos desmandos e maus feitos comtidos por um mesmo grupo político em apenas duas décadas. Deus me livre e me afaste de seus antigos e atuais caciques do Estado do Rio, e quem diz, não sou eu, basta ler as revistas semanais e os jornais de grande circulação.