O palco da vida

09/01/2019 10:30

No transcorrer de nossa rápida passagem por esta vida terrena, quando na maioria das vezes prevalece o material sobre o espiritual, acabamos por assistir “peças” que nos são apresentadas até através de “palcos iluminados”, por intermédio de personagens sob diferentes personalidades, crenças, formação intelectual e demais tantas outras qualidades e defeitos que – diga-se de passagem – todos carregamos, até que chegará o dia do momento da “prestação de contas” ao juízo final.

E justamente ao que pudemos perceber, é que muitas dessas pessoas, no transcorrer do tempo, descuidam-se dos ensinamentos básicos deixados pelo Santo dos pobres, Francisco de Assis, entretanto sempre convictos que por aqui tudo termina, vez que só creem naquilo que sentem e veem.

Por isso mesmo, uma grande parcela age de maneira das mais inadequadas e pouco cristãs, visualizando melhores reflexões apenas no momento em que percebem “o palco” a balançar quando, então, lembram-se da existência de um Ser Superior.

O Pai, Bondoso como é, nos concede a oportunidade e, sobretudo, o livre arbítrio para trilharmos ou não por caminhos dignos e retos.

Entretanto, “o palco” por ser extremamente frequentado, por parte de muitos “atores”, a maioria demora a perceber no tocante às palavras do Cristo: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.b)

Negam-se assim, sequer almejarem a conhecer e vivenciar tal lição.

Há, na maioria dentre essas criaturas, aquelas plenas de mágoas guardadas em seus corações, esquecendo-se que a força do bem sempre supera a do mal.

Ora, o mais certo, no concerto deste “palco” do qual todos participamos como “atores”, remete à escolha correta com relação aos passos que havemos de trilhar, fugindo de atalhos os quais embora por vezes muito utilizados, todavia acabam por desaguar em grandes decepções e tristezas, sinal de ausência da fé e da esperança em dias melhores.

Por isso mesmo, importante que dialoguemos, em alguns momentos, com nós próprios sobre a trilha a ser perseguida, que seja firme e segura, vez que se assim não for, certamente iremos nos deparar com um lodaçal que nos impedirá a caminhada e quiçá não permitindo o retorno a já percorrida.

Assim é que, neste início de ano, havemos de acreditar e praticar, neste palco já tão decantado, os maiores esforços em prol da ajuda, do amor e da caridade ao nosso próximo, valendo lembrar o ensinamento de Francisco Cândido Xavier, certamente lastreado nos ensinamentos de Jesus, que “embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”.

Enfim, ao raiar o Novo Ano, quando o país imbuído de momentos de grande esperança, após transcorridos dias e meses de apreensões, temos de lembrar das palavras do Cristo quando nos ensinou: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”.

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