O que aprendemos

08/11/2018 10:25

Essas eleições foram um grande aprendizado sobre como agir e reagir aos novos tempos da política.  Graças a Deus, a velha política está moribunda. 


A primeira grande constatação foi que os santinhos de papel foram substituidos de forma inteligente pelos santinhos virtuais. Quer no WhatsApp, quer no Facebook ou no Instagram, a profusão superou os impressos da propaganda tradicional. 


Outrossim,  ficou patenteada a capilaridade da internet que superou a televisão.  O que todos os cientistas políticos previam acerca de que, com a entrada da propaganda eleitoral gratuita,  o quadro dos favoritos se reverteria em prol de quem tivesse mais tempo de televisão, se mostrou uma leitura equivocada. Partidos articulados e fortes em muitos municípios viram esta força não demonstrar qualquer utilidade efetiva. O WhatsApp, com 120 milhões de usuários, foi efetivamente mais eficaz que os cabos eleitorais. 


A comunicação direta candidato-eleitor que nesta eleição, graças às redes, mostrou-se uma tendência, provou que veio para ficar. Um número maior de pessoas foram contaminadas de forma benéfica e foram levadas a uma maior participação política.


Os debates se mostraram de pouca serventia (apesar de a grande mídia continuar a defendê-los) e de muito pouco deles a população se aproveitou para tomar uma decisão. A falta de um discurso, por parte de um grande número de candidatos bem mostra que debater para trazer a público mazelas e desconstruções de adversários, nada aporta de positivo e tem ganho zero.


As fake news sempre estiveram presentes em todas as eleições, mas nestas tomou proporções maiores por conta da internet. A bem da verdade, deve-se dizer que  sua influência não contaminou a eleição a ponto de deslegitimá-la. Até porque,  foram usadas em profusão, pelos dois lados, neste segundo turno. O combate às fake news foi um tiro na água: elas vão evoluir nas próximas eleições de 2020 e preparemo-nos para mais esta tendência. 


O novo continuará trilhando rumo ao sucesso no próximo pleito, porque o velho ainda não absorveu estas mudanças e não as absorverá sem sofrimento e mea culpa, algo que para políticos tradicionais é impensável. Já começaram a pagar o preço e vão continuar pagando.


Vamos ter um quadro em 2020, sem as coligações partidárias e partidos menores terão que se reinventar e novamente teremos uma renovação grande de cadeiras.


Votou-se anti-PT? Sim, mas votou-se principalmente contra a corrupção e contra as carências do País. Esta é a grande lição que fica.

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