O que famosos disseram dos casos de Robinho e Daniel Alves; veja repercussão

25/mar 13:20
Por Estadão

Os casos pelos quais Robinho e Daniel Alves foram condenados movimentam o debate da opinião pública sobre a própria Justiça, assédio e a cobrança para que os temas não sejam evitados somente por se tratar de ex-jogadores da seleção brasileira e com o status que cada um tem. Depois de CBF e Dorival Júnior se pronunciarem, antecipados por Leila Pereira, celebridades de diferentes áreas comentaram as situações. Robinho foi preso por estupro após homologação da pena pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), já Daniel Alves teve condenação pelo crime de agressão sexual e pode recorrer. Ambos alegam inocência.

Depois da confirmação da prisão de Robinho, o influenciador Fred publicou um vídeo em que comenta sobre os casos. Ele é conhecido no meio do futebol devido ao canal Desimpedidos. No YouTube, são quase 10 milhões de inscritos, a maioria crianças e adolescentes. “Não tem ‘caso’ e nem ‘se’. Eles foram investigados, julgados e condenados. Eles têm que pagar pelo que fizeram. Eles são criminosos. A importância de eles continuarem presos é o exemplo”, argumentou.

O post foi elogiado pela atriz Mari Bridi, que compartilha relatos de maternidade com 700 mil seguidores no Instagram. “Que vídeo importante, que posicionamento preciso! É isso, Fred! Senão, somos só nós mulheres gritando por educação desde sua base de respeito com o corpo alheio”, disse a influenciadora.

A atriz Paolla Oliveira fez um post em que cita outros casos de assédio junto de notícias sobre Daniel Alves e Robinho. Ela menciona o dado de que 25 milhões de mulheres sofreram algum tipo de violência no Brasil em 2023, segundo dados do DataSenado. “Como ter espaço para discutir ou avançar em outro assunto dentre tantos que temos, sem a garantia mínima de um ambiente seguro e justo para todas as mulheres?”, questionou.

O cantor Léo Santana foi outro homem, além de Fred, que falou sobre o assunto. Ele foi questionado sobre os casos em uma entrevista coletiva. “Aconteceu o erro, tem que ser pago. Acho que todo mundo pensa da mesma forma, quem sou eu para pensar o contrário?”, afirmou. A declaração foi feita durante a gravação do projeto “Léo e Elas”, no qual o baiano convida mulheres da música brasileira para cantar com ele. Participaram artistas como Iza, Ana Castela e Ivete Sangalo.

A atriz Grazi Massafera compartilhou uma imagem em que se lê: “Quando se estipula uma fiança para crime de estupro, está sendo apontado para sociedade o quanto custa para estuprar uma mulher”. A frase é uma referência a Daniel Alves, que teve direito a pagar 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões) para ter liberdade provisória, já que ainda recorre da condenação.

O ex-jogador do Corinthians Dinei postou um vídeo em que conta quando a filha sofreu uma tentativa de estupro em 2010. Ele defendeu as prisões. “Eles têm que pagar, sim, senhor. Não vou passar pano para estuprador nenhum. Não é porque são famosos (que não devem ser presos), têm que pagar”. Ainda no meio futebolístico, o lateral-direito Igor Julião, ex-Fluminense e hoje no Marítimo, de Portugal, compartilhou áudios de grampos da Justiça italiana usados como provas contra Robinho. “Áudios de um condenado por estupro coletivo”, escreveu Julião.

CONDENAÇÕES

Daniel Alves foi condenado pelo Tribunal de Barcelona a quatro anos e meio de prisão, cinco de liberdade vigiada e dez sem poder se aproximar da vítima. Ele pagou fiança nesta segunda e deixou o presídio sob status de liberdade provisória. O Ministério Público espanhol, que pedia de nove anos de prisão para Daniel, recorreu da condenação e ainda tenta a aplicação de uma pena maior.

Robinho havia sido condenado em todas as instâncias italianas em 2022, sem chance mais para recursos. O ex-atacante, contudo, estava no Brasil. O País não extradita cidadãos brasileiros natos, então, a Justiça italiana pediu pela homologação da pena, o que permitiria a prisão de Robinho no Brasil. Na última semana, o STJ tomou decisão favorável a isso e Robinho foi encaminhado à Penitenciária de Tremembé II. Ele alega inocência, mas não pode mais recorrer da condenação, apenas sobre a homologação de prisão.

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