O que se sabe sobre o caso da mulher que levou idoso morto ao banco?

17/abr 18:13
Por Rariane Costa / Estadão

A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando o caso da mulher que tentou liberar um empréstimo bancário em nome de um idoso falecido nesta terça-feira, 16. A situação foi gravada por funcionários que atenderam a mulher, acompanhada do cadáver, e identificaram que o idoso não estava consciente.

O que aconteceu?

Érika de Souza Vieira Nunes chegou a um banco em Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro com Paulo Roberto Braga, de 68 anos, em uma cadeira de rodas. Ele seria tio da mulher e estava com um empréstimo pré-aprovado na instituição. Para concluir a operação, de R$17 mil, era necessário a assinatura de documentos presencialmente. Foi durante esse processo que atendentes da agência perceberam que algo não estava bem.

Momento foi registrado em vídeo?

Em imagens gravadas no local, o idoso aparece desacordado em uma cadeira de rodas e não responsivo às interações da mulher, que faz perguntas e comentários. Ela chega a perguntar se o homem está ouvindo e pede para que ele assine documentos solicitados pelo banco. “O senhor precisa assinar. Se o senhor não assinar, não tem como”, diz em um trecho.

Como a morte foi constatada?

Funcionários do local alertaram a mulher sobre a aparência do idoso, que estava pálido e sem reações, e em seguida acionaram a polícia. Médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também estiveram no local e constataram a morte do idoso, que teria acontecido horas antes. De acordo com a Polícia Civil, o corpo do homem foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), onde as causas da morte estão sendo apuradas.

A suspeita foi presa?

A mulher foi encaminhada para a 34ª DP (Bangu), onde foi autuada em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver. Segundo a advogada Ana Carla Correa, que representa Érika no caso, a mulher foi transferida para a Casa de Custódia de Benfica, onde aguarda audiência que deve acontecer nesta quinta-feira, 17.

A defesa não se manifestou sobre as cenas gravadas por funcionários do banco e disse aguardar resultados de exames de necrópsia que ainda não foram concluídos.

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