Obra no Palácio de Cristal deve ficar pronta a tempo da Bauernfest

Depois de dois anos e meio, intervenções devem ser concluídas no dia 10 de junho 

17/04/2022 16:50
Por João Vitor Brum, especial para a Tribuna

Palco da maior festa do calendário petropolitano, o Palácio de Cristal passou os últimos dois anos e meio como um canteiro de obra, para uma reforma que, inicialmente, duraria apenas cinco meses. Durante o demorado processo, foi necessário um estudo arqueológico para os jardins do Palácio e a empresa que iniciou as intervenções desistiu da obra. Agora, a atual empresa responsável garante que o espaço estará pronto até o dia 10 de junho, a tempo da Bauernfest, comemoração pelo Dia do Colono Alemão, em 29 de junho.  

Trabalhos continuam no Palácio de Cristal, que deve ficar pronto a tempo para a Bauernfest.
Foto: João Vitor Brum

“Nossa previsão é de concluir no dia 10 de junho, para que a Bauernfest, tão importante para a cidade, seja feita. Os serviços estão a todo vapor e temos um interesse enorme em concluir. Somos uma empresa de Petrópolis e queremos que o espaço seja devolvido ao petropolitano e também ao Brasil, porque é uma obra de arte”, disse o engenheiro civil responsável pela obra, Luiz Fernando Gomes, explicando que os trabalhos estão na fase de finalização. “Tudo está andando muito bem. As novas luminárias chegam no fim do mês, agora a parte interna está com a pintura em desenvolvimento. É uma obra com etapas”, disse. 

Chuva atrapalhou, mas não atrasou as obras no Palácio, diz empresa 

A obra do Palácio de Cristal foi iniciada em outubro de 2019, com previsão de conclusão em março de 2020, mas foi paralisada pela falta de um estudo arqueológico, uma exigência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), já que escavações precisaram ser feitas no local para as mudanças na iluminação externa. 

Apesar da chuva, não há atraso nas obras do Palácio de Cristal, informou a empresa responsável pelas intervenções.
Foto: João Vitor Brum

No projeto estão previstas intervenções na parte elétrica, revestimento de paredes, tetos e piso, impermeabilização do espaço, além de limpeza dos vidros, remoção de pichação dos monumentos históricos, pintura interna e externa, entre outras ações. O escopo engloba tanto o palácio como as portarias e gradil externo. 

Outro problema foi a desistência da empresa vencedora da licitação para a obra. A empresa selecionada para concluir a intervenção foi a Engeprat Engenharia e Serviços Ltda, segunda na lista vencedora do certame. O engenheiro civil responsável pela obra, Luiz Fernando Gomes, explica que as fortes chuvas de fevereiro e março afetaram o processo, mas não a ponto de atrasar a obra. 

“Claro que tivemos prejuízo, porque a enchente pegou aquilo tudo, mas foi suportável. Alguns serviços precisaram ser refeitos, parte do solo foi afetada, algumas bases que tínhamos colocado se perderam com a lama, mas nada de substancial, que atrapalhasse o trabalho. As escavações já tinham terminado, o que também minimizou os danos”, explicou Luiz Fernando, contando, ainda, que a água chegou perto de 1,5 metro de altura no dia da chuva. 

“O pessoal ficou em cima das bancadas na hora da chuva, por causa da água. Alguns carros que estavam do lado de fora, de quem trabalhava na obra, foram perdidos também. Mas assim que foi possível, limpamos tudo e continuamos o trabalho”, disse o engenheiro. 

Mesmo com as obras já em andamento, a Prefeitura divulgou, apenas no dia 7 de abril, que as intervenções seriam retomadas. Segundo a administração municipal a execução da obra foi publicada em Diário Oficial no dia 5 deste mês.  

Com a retomada avançando, a previsão é que a obra fique pronta nos próximos dois meses, a tempo de realizar, no local, a primeira Bauernfest presencial desde o início da pandemia, em 2020. 

Grupos folclóricos veem a realização da festa com preocupação 

Os grupos que são responsáveis pelos atrativos culturais da comemoração alemã, veem a possibilidade de realizar a festa já neste ano com preocupação. Segundo membros dos grupos, é preciso pelo menos um semestre para organizar a realização da festa, já que precisam ensaiar coreografias e criar figurinos, além de não haver verba para que tudo fosse feito até junho. Dois anos de restrições devido à pandemia, somada as duas tragédias, impossibilitou trabalhos que são desenvolvidos pelos grupos durante todo o ano.  

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