Obras para recuperação da Estrada União e Indústria devem começar em seis meses, segundo o Dnit
Equipe da Prefeitura conheceu na terça-feira (11) o novo projeto executivo, de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para a recuperação da Estrada União e Indústria. A obra está orçada em R$ 40 milhões e, segundo o órgão, deve começar em 6 meses. Em até 30 dias, o Dnit pretende iniciar também uma operação tapa-buracos, que terá custo de R$ 1 milhão. O projeto foi mostrado aos titulares das pastas de Obras, Desenvolvimento Econômico e Transportes, na sede do órgão, no Rio.
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“Recuperamos 12 quilômetros da estrada em operações tapa-buraco, apesar de não ser uma atribuição do município, para evitar acidentes e dar segurança a mais de 100 mil pessoas residentes nos distritos que dependem da estrada. A meta agora é que um projeto de revitalização seja, enfim, executado”, afirma o prefeito Bernardo Rossi.
O projeto executivo para os 25 quilômetros ainda está em análise no próprio DNIT e, após a aprovação, deverá ser publicado em portaria do Departamento. Após esse trâmite, será publicada a licitação para escolha da empresa que será responsável pela obra. A expectativa é de que todo o processo dure, aproximadamente, seis meses.
Como acordado durante uma reunião ocorrida em agosto, na sede do DNIT, em Brasília, o projeto também será apresentado no dia 13 de setembro para o Ministério Público Federal. Nesta terça-feira, o superintendente do Dnit, Carlos Antonio Marcos Pascoal deu detalhes dio trabalho aos secretários Marcelo Fiorini, do Desenvolvimento Econômico; Ronaldo Medeiros, de Obras; e Jairo Cunha, presidente da CPTrans.
O prefeito Bernardo Rossi, já sinalizou que, durante a obra, a Prefeitura deverá executar pequenas intervenções, como a construção de baias de ônibus e pequenos alargamentos na pista.
Ações emergenciais executadas pela Prefeitura
Apesar de a responsabilidade da manutenção da Estrada União e Indústria ser do Dnit (trecho entre Retiro e Pedro do Rio) e do DER-RJ (entre Pedro do Rio e Posse), a prefeitura vem atuando na manutenção da via. Desde janeiro de 2018 mais de 12 quilômetros da estrada receberam 225 toneladas de asfalto em operações tapa-buraco.
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“São 25 mil veículos transitam por dia no local e por isso uma intervenção maior é necessária”, pontua o secretário de Obras, Ronaldo Medeiros.
Obra é esperada há quase 10 anos
Em 2009, a Justiça determinou, após uma ação civil pública – que o Dnit elaborasse um projeto de recuperação do trecho que vai do bairro Retiro até Pedro do Rio. 2ª Vara Federal de Petrópolis aplicou uma multa no valor de R$ 14 milhões pelo descumprimento por parte do Dnit em apresentar o projeto de recuperação da estrada. Mesmo com a multa, a obra não começou. O projeto chegou a ser feito em 2011, mas nem começou a ser executado.
De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o projeto de recuperação da estrada começou a ser licitado em 2016, mas a empresa vencedora abriu mão do contrato. A empresa que ficou em segundo lugar também não quis assumir a obra. Com isso, o projeto não saiu do papel. Desde 2017, a prefeitura cobra a apresentação do projeto e, diante uma decisão do MPF, ficou acordado que o município teria acesso ao projeto.
“A preocupação maior é com as adequações necessárias no projeto, como a criação de baias de ônibus, rotatórias e melhorias em alguns acessos e foi exatamente por isso que ficou acordado que o projeto seria apresentado para o município. Não podemos esquecer que a Estrada União e Indústria é uma das principais vias do município, muito utilizada por moradores e também por caminhões das empresas localizadas nos distritos”, explica o secretário de Desenvolvimento Econômico, Marcelo Fiorini.
Alto índice de acidentes
Segundo a CPTrans, em média, 25,5 mil veículos passam diariamente pelo trecho que vai do Retiro até Pedro do Rio – trecho sob responsabilidade do DNIT. Já em Pedro do Rio e Posse, o movimento é de 14 mil veículos – trecho sob responsabilidade do DER. Nos últimos cinco anos foram registrados 371 acidentes com 279 vítimas em média por ano. No primeiro semestre do ano passado foram 143 acidentes com 174 vítimas – duas fatais. Desses, mais da metade das ocorrências foram com motos.
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“A CPTrans monitora o índice de acidentes na via justamente por causa da precariedade do trecho que recebe diariamente maior volume de carros. A manutenção é extremamente importante para que os acidentes sejam evitados”, conclui Jairo da Cunha.