Ônibus que serve o Brejal perde a roda
O drama dos moradores do Brejal, na Posse, parece não ter fim. A cada dia, maiores são os problemas enfrentados pelos passageiros que dependem do sistema de transporte público do bairro para sair de casa. Segundo usuários das linhas Posse x Albertos e Posse x Jurity, pelo menos 30 viagens foram suprimidas na segunda quinzena de dezembro.
Na última terça-feira, um acidente deixou passageiros em pânico. O coletivo de número 8005 da empresa Transpal perdeu o pneu traseiro no início do trajeto. O acidente aconteceu por volta de 9h40, no km 1,5 da Estrada do Brejal, próximo a uma oficina mecânica. Segundo uma das passageiras, o problema foi percebido por um pedestre do lado de fora do ônibus. O motorista teve que antecipar o fim da viagem e os passageiros tiveram que andar a pé. Cerca de 35 minutos depois do acidente, uma kombi escolar foi disponibilizada para a conclusão da viagem. O problema resultou em grandes atrasos tanto na linha Albertos quanto na Jurity.
“No decorrer do dia foi assim. Isso sem contar as viagens que não aconteceram”, disse Renata Souza, uma das passageiras.
“Os moradores dizem já não saber a que órgão público recorrer, já que a CPTrans, responsável pelo transporte, não vem apresentando soluções definitivas. E disse que só resolverá a problemática em março de 2017. Já a empresa não se pronunciou a respeito dos diversos problemas apresentados por ela”, disse Daniel Freitas, que mora no bairro. Ontem, uma kombi escolar operou em todas as viagens da parte da tarde com destino ao Brejal.
Além disso, moradores do Taquaril reclamaram de ter ficado o dia todo sem ônibus. O bairro tem uma linha com destino a Itaipava, que é administrada pela mesma empresa da Posse.
Problemas antigos
As reclamações de passageiros das linhas de ônibus do Brejal já são antigas. Acidentes, horários suprimidos, problemas mecânicos e incertezas fazem parte da rotina de centenas de pessoas que moram na região produtora da Posse. Na primeira semana de dezembro Daniel contabilizou 25 viagens suprimidas – tudo isso em oito dias. Sem contar as falhas mecânicas e viagens que terminaram no meio do caminho. A Tribuna tentou contato com a empresa por meio de um telefone, mas não obteve resposta.
Até o fechamento desta reportagem, a CPTrans não se pronunciou sobre o caso.