ONU e UE pedem transparência na Bolívia após prisão da ex-presidente interina Jeanine Áñez
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu que políticos da Bolívia consolidem a paz no país e respeitem o devido processo legal, após a prisão da ex-presidente interina Jeanine Áñez, ontem. Ela e alguns de seus colaboradores foram detidos sob acusação de terrorismo e sedição por seu papel na crise política de 2019 que culminou com a renúncia de Evo Morales.
O apelo foi reforçado pelo representante da União Europeia para assuntos exteriores, Josep Borrell, que no Twitter escreveu mensagem pedindo “diálogo e reconciliação”. e que “as acusações pelo ocorrido em 2019 devem ser resolvidas com uma justiça transparente e sem pressões políticas”.
A prisão de Áñez reacendeu as tensões política no país vizinho ao Brasil e botam pressão na Justiça boliviana, que já está na mira internacional há décadas. Inúmeros estudos questionam a falta de independência do poder e sua subordinação aos governantes. O presidente boliviano, Luis Arce, não se pronunciou sobre o ocorrido. Já Morales falou que é necessária a “investigação e punição de todos os autores e cúmplices da ditadura”.